A britânica McLaren abraçou a filosofia que aconselha a que em equipa que ganha não se mexe, pelo que introduziu um mínimo de modificações estéticas no GTS, as que julgou suficientes para que o modelo parecesse novo ou consideravelmente renovado, mas que simultaneamente continuasse a agradar aos fãs desta marca de superdesportivos.
O novo GTS surge como uma versão renovada do anterior GT, mantendo os 4,68 metros de comprimento, 2,05 m de largura e apenas 1,21 m de altura. Como seria de esperar, as melhorias exteriores ao nível do estilo notam-se, mas não beliscam de forma evidente as formas do coupé inglês, que continua a exibir umas linhas simples, mas puras, agressivas, mas sem exageros na exuberância.
O objectivo da McLaren sempre foi propor superdesportivos que fossem simultaneamente potentes, rápidos e eficientes ao nível do comportamento, o que coincide com a filosofia da Ferrari. Para se diferenciar, a McLaren optou por conceber superdesportivos que se possam utilizar no dia-a-dia, de levar os miúdos à escola à tradicional deslocação casa-emprego, sendo que a ida às compras parece estar fora de questão, uma vez que o GTS oferece apenas uma mala atrás com 420 litros, a que se junta uma segunda à frente com 150 litros.
Às alterações estéticas juntam-se as modificações a nível da mecânica, com o motor 4.0 V8 biturbo a debitar 635 cv, mais 15 cv do que até aqui a versão GT. O chassi continua em fibra de carbono, mas a direcção, suspensão e travões foram alvo da atenção dos engenheiros da marca, para os tornar mais eficientes, especialmente os travões, que face ao GT passam a montar discos maiores, com diâmetros de 390 mm à frente e 380 mm atrás, contra apenas 367 mm/354 mm no McLaren GT. Apesar deste incremento no sistema de travagem, o peso total baixou de 1605 kg para 1595 kg, um ganho demasiado pequeno para fazer diferença num modelo que anuncia 326 km/h de velocidade máxima e 3,2 segundos de 0-100 km/h.
