A nova berlina topo de gama da Volvo, sucessora do actual S90 com motores de combustão e híbridos plug-in, já está a começar a ser produzida com o objectivo de entrar na fase de testes de desenvolvimento e, depois, passar à produção em série em 2024. Ao contrário do S90, será exclusivamente eléctrica alimentada por bateria e assumirá a denominação ES90.
À semelhança do novo SUV topo de gama da Volvo, o EX90, a berlina eléctrica com 5 metros de comprimento vai recorrer à plataforma do grupo Geely, a SPA2, já utilizada no EX90 e no Polestar 3. Este é um chassi específico para modelos eléctricos, de forma a maximizar todo o potencial da tecnologia, seguindo aqui um rumo distinto de outros construtores premium, a começar pelos alemães da BMW e Mercedes, que recorrem a plataformas derivadas de modelos a combustão.
Segundo a publicação sueca Teknikens Värld, as primeiras unidades do ES90 já começaram a sair da linha de produção na China, apesar de ainda se tratarem de protótipos, destinados a testar os equipamentos de produção e depois a permitir o início do período de testes de desenvolvimento de todos os sistemas, até mesmo os de colisão. E, para o provar, a Volvo libertou uma foto dos operários da linha de montagem a celebrar a primeira unidade do que denominam Volvo Cars V551, ou seja, a denominação de código do ES90. Que obviamente não aparece na foto por ainda ser top secret, como é possível ver na imagem.
O início da fabricação em série deverá arrancar em Maio de 2024, com o modelo a recorrer a uma solução com dois motores, um por eixo, que totalizarão 408 cv, para uma versão mais desportiva atingir 503 cv. Para alimentar toda esta “manada”, a Volvo preparou um pack de baterias com uma capacidade bruta de 111 kWh, precisamente a mesma prevista para o EX90.
O novo ES90 exibirá um comprimento de 4,990 m e uma impressionante distância entre eixos de 3,102 m, o que torna o modelo 10 cm mais curto do que a actual berlina S90, mas simultaneamente mais longo entre eixos 4,1 cm, o que garante um habitáculo mais espaçoso. Esta é uma das vantagens de recorrer a uma plataforma específica para veículos eléctricos, sendo que a outra diz respeito ao menor peso que um modelo mais curto consegue obter.