A adesão à greve dos trabalhadores da recolha noturna de resíduos urbanos do município de Oeiras foi de cerca de 95% nos três dias de protesto contra a reestruturação de horários, avançou esta terça-feira o STAL.

Segundo Carlos Faia Fernandes, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), à semelhança do primeiro dia de greve (22 de dezembro), “também o segundo, 23, e o terceiro, esta terça-feira (26 de dezembro), registaram valores de adesão que rondam os 95%”.

“Mantiveram-se os dados iguais ao do primeiro dia”, avançou o sindicalista, lembrando que “só dois trabalhadores se apresentaram ao serviço”.

Em causa, de acordo com Carlos Faia Fernandes, está a alteração unilateral dos horários de trabalho e a manutenção dos turnos fixos, de segunda a sexta-feira.

Em abril deste ano, a Câmara Municipal de Oeiras, no distrito de Lisboa, implementou a reestruturação de horários em vários setores operacionais, com a rotatividade entre turnos.

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De acordo com o STAL, com as alterações introduzidas, os trabalhadores “ficam com rotatividade de segunda a sexta-feira e de terça-feira a sábado, sem qualquer aumento na sua remuneração e com os seus direitos diminuídos, além de verem a sua vida profissional e pessoal alterada”.

Até ao momento, e segundo o sindicalista, a autarquia de Oeiras “ainda não deu qualquer resposta ao sindicato” que espera que a questão “possa ainda ser resolvida este ano para não irem para novas formas de luta no próximo ano”.

De acordo com Carlos Faia Fernandes, os trabalhadores querem voltar ao antigo horário, apenas de segunda-feira a sexta-feira, com o qual “não tinham problema nenhum”.

A questão é que eles trabalhavam em horas extraordinárias aos sábados […], eles já tinham esse hábito há muito tempo e aqui passa a ser mesmo obrigatório o trabalho ao sábado”, acrescentou Carlos Faia Fernandes, considerando que houve “um aproveitamento” por parte do município “para fazer uma rotatividade obrigatória”, com a qual os trabalhadores não concordam.

Numa nota, a autarquia de Oeiras alertou os munícipes para os constrangimentos que a greve dos trabalhadores iria trazer, de forma a evitar “a dispersão de resíduos e minimizar os efeitos na saúde pública”.

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