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Trincão, o antídoto de uma equipa que não chegou a estar a Soro (a crónica do Vizela-Sporting)

Este artigo tem mais de 6 meses

Sporting apanhou um susto no primeiro quarto de hora, deu a volta no arranque da segunda parte e só parou na goleada, com Trincão a marcar e assistir na vitória contra o Vizela (2-5). Gyökeres bisou.

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O avançado português marcou um golo e fez uma assistência esta quinta-feira

Getty Images

O avançado português marcou um golo e fez uma assistência esta quinta-feira

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Janeiro, início da segunda volta, dentro de competição na Taça de Portugal e na Taça da Liga e na liderança da Primeira Liga. O Sporting começava a segunda metade do Campeonato a meio de uma temporada em que mantém todos os objetivos internos, estando também ainda na Liga Europa, e onde alimenta a pretensão de voltar a sagrar-se campeão nacional. Ou seja, aparentemente, tudo corre bem no universo leonino.

Os leões visitavam esta quinta-feira o Vizela, na antecâmara da final four da Taça da Liga na próxima semana, e sabiam que só a vitória garantia a manutenção da liderança isolada da classificação. O adversário estava na zona de despromoção e vinha de sete jornadas consecutivas sem ganhar, é certo, mas Rúben Amorim não esquecia as dificuldades que os vizelenses provocaram em Alvalade na jornada inaugural do Campeonato — nem o impacto do novo treinador, Rubén de la Barrera, que substituiu Pablo Villar em dezembro.

Ficha de jogo

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Vizela-Sporting, 2-5

18.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Futebol Clube de Vizela, em Vizela

Árbitro: André Narciso (AF Setúbal)

Vizela: Buntic, Hugo Oliveira, Anderson, Rodrigo Escoval, Matheus Pereira, Lebedenko (Jota Gonçalves, 87′), Samu (Bustamante, 45′), Diogo Nascimento (Nuno Moreira, 90+1′), Busnić, Samuel Essende, Alberto Soro (Alex Méndez, 70′)

Suplentes não utilizados: Francesco Ruberto, Bursac, Abdul Awudu, Messias, Tomás Silva

Treinador: Rubén de la Barrera

Sporting: Adán, Eduardo Quaresma, Coates (Rafael Pontelo, 90+1′), Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio, Hjulmand (Daniel Bragança, 61′), Pedro Gonçalves (Rafael Pontelo, 90+1′), Nuno Santos, Trincão, Gyökeres, Paulinho (Marcus Edwards, 80′)

Suplentes não utilizados: Franco Israel, Diogo Pinto, Luís Neto, Afonso Moreira

Treinador: Rúben Amorim

Golos: Alberto Soro (13′), Gyökeres (45+8′ e 86′), Trincão (46′), Paulinho (57′), Samuel Essende (63′), Coates (72′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Hjulmand (16′), a Buntic (37′), a Anderson (66′), a Bustamante (89′)

“O que transmitimos aos jogadores foi que o último resultado do Vizela é muito enganador [4-1 contra o Boavista]. É uma equipa que faz 33 remates, que tem mais posse de bola que os adversários e que tem uma excelente ideia. Foi surpreendente um treinador chegar e meter logo uma equipa a jogar em posse, com o guarda-redes muitas vezes no meio-campo, o que também traz riscos. Acho que têm um excelente treinador e jogadores como o Samu, o Nascimento, o Essende… Fiquei bastante surpreendido e o foco foi mostrar aos jogadores, com imagens, que nem sempre no futebol o resultado conta a história toda. É um jogo difícil e temos de ganhar da maneira que for, ter o espírito”, explicou o treinador do Sporting na antevisão.

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Neste contexto e sem contar com Matheus Reis, devido a um síndrome gripal, Rúben Amorim fazia apenas uma alteração em relação à equipa que venceu o Desp. Chaves e devolvia a titularidade a Coates. Eduardo Quaresma mantinha-se no trio de centrais e Trincão também continuava no onze, com Marcus Edwards a ser novamente suplente. Do outro lado, a grande ausência era Bruno Wilson, que terá sido excluído da convocatória por ter recusado renovar contrato com o Vizela.

O jogo começou animado, com Nuno Santos (4′) e Gyökeres (5′) a terem desde logo situações de perigo junto da baliza de Buntic, e o Sporting assumiu o natural controlo das ocorrências ao longo dos 10 minutos iniciais. Sem que estivesse cumprido um quarto de hora, porém, surgiu a surpresa: Hugo Oliveira desequilibrou na direita na sequência de um livre do lado contrário e Alberto Soro, praticamente sozinho e sem tirar os pés do chão, cabeceou para bater Adán e abrir o marcador (13′).

Os leões não demoraram a responder e atiraram-se para o ataque, com Nuno Santos a assumir o papel de um autêntico ala e a deixar a equipa a atuar praticamente com uma linha de quatro na defesa. A dada altura, porém, aconteceu o que se achava impossível: Gyökeres, com a baliza totalmente aberta após cruzamento rasteiro, rematou com demasiada força e acertou em cheio na trave (18′). Do outro lado, com uma facilidade acima da média na hora de chegar à área leonina, Samu ficou muito perto de aumentar a vantagem do Vizela com um remate rasteiro que passou ao lado (28′).

Esse momento, porém, foi mesmo a última aproximação dos vizelenses à baliza de Adán. O Sporting intensificou o domínio a partir da meia-hora e conseguiu mesmo marcar, por intermédio de Gyökeres, mas o lance foi anulado por fora de jogo de Paulinho num ponto anterior da jogada (30′). Os leões foram empurrando o adversário cada vez mais para trás, passando a atuar quase por inteiro no meio-campo oposto e sem sequer permitirem grandes transições rápidas, e os descontos (longos, devido a assistências a João Escoval e Samu) trouxeram o caos.

Paulinho marcou, aproveitando um desvio de Gyökeres na sequência de um cruzamento de Trincão (45+1′), mas o golo foi anulado por fora de jogo do avançado português. Ao oitavo minuto de tempo extra, quando já se pensava que o Vizela iria mesmo a vencer para o intervalo, surgiu o quase inevitável: após insistência de Hjulmand e Paulinho, Gyökeres ganhou na área e usou o corpo para rodar sobre dois adversários e atirar para bater Buntic e empatar o jogo mesmo em cima do final da primeira parte (45+8′).

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Vizela-Sporting:]

Rubén de la Barrera fez uma substituição ao intervalo, trocando o fisicamente limitado Samu por Bustamante, e o Vizela entrou na segunda parte praticamente a sofrer um golo: com 35 segundos de jogo, o Sporting aproveitou uma perda de bola adversária para colocar em Trincão, que subiu na direita e procurou cruzar para Gyökeres; o sueco não desviou, distraiu um defesa e o guarda-redes e a bola seguiu para dentro da baliza (46′).

O Vizela não conseguiu ter reação ao golo sofrido, permitindo que o Sporting controlasse as ocorrências e continuasse a jogar a partir do meio-campo, e os leões acabaram por aumentar a vantagem com alguma naturalidade. Trincão cruzou na direita, na sequência de um livre do mesmo lado, e Paulinho cabeceou de forma perfeita na área para bater Buntic (57′). Rúben Amorim reagiu com a primeira substituição, trocando Hjulmand por Daniel Bragança no meio-campo, mas o jogo estava longe de ter acabado.

Já dentro da última meia-hora, Matheus Pereira procurou a profundidade de Samuel Essende com um passe longo e o avançado ganhou repetidamente a Coates, na velocidade e na luta, para ficar na cara de Adán e rematar para reduzir a desvantagem do Vizela (63′). Rubén de la Barrera tentou surfar a onda do ímpeto, trocando Alberto Soro por Alex Méndez, mas o Sporting não permitiu que o resultado estivesse em causa: após livre cobrado na esquerda por Pedro Gonçalves, Coates subiu às alturas para cabecear e aumentar a vantagem (72′).

Até ao fim, Gyökeres ainda teve tempo para bisar e fechar as contas com um remate cruzado na área (86′). Apesar do susto inicial, o Sporting goleou o Vizela e garantiu desde já a manutenção da liderança isolada da Primeira Liga independentemente do que fizer o Benfica esta sexta-feira contra o Boavista. Num dia de novo bis de Gyökeres, a verdade é que existiu outro antídoto ao serviço de Rúben Amorim: Trincão, que tem conquistado espaço com a ausência de Marcus Edwards e marcou pelo terceiro jogo consecutivo, para além de ter também assinado uma assistência.

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