Parece quase propositado, acaba por ser coincidência. Nas últimas semanas, sempre que André Villas-Boas tem uma intervenção pública, Pinto da Costa também surge a falar – sendo que, neste caso, falou a escrever. E se o antigo treinador, agora candidato assumido à liderança do FC Porto, fala muito na parte económica e financeira mas também da parte da gestão desportiva, o número 1 dos dragões há mais de quatro décadas reforçou a ideia que tinha deixado no recente jantar da Comissão de Apoio à Recandidatura: os azuis e brancos tiveram não só um passado com muitas conquistas como são no presente um dos melhores.
“Segundo a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS), o FC Porto foi o décimo melhor clube do mundo e o sétimo melhor clube da Europa em 2023 (além do melhor português, claro). Confesso que fiquei surpreendido quando li esta informação. Nos jornais portugueses só leio que estamos em crise desportiva. Nas rádios portuguesas só ouço que estamos em crise financeira. E nas televisões portuguesas só vejo que todos os outros são melhores do que nós em tudo. Afinal, parece que o problema não somos nós, o FC Porto, mas quem nos pinta com cores tão negras”, começa por escrever Pinto da Costa, no habitual editorial da revista Dragão que assume mensalmente na publicação.
“Este ranking vale o que vale. E aquilo que vale resulta de ser baseado em dados que são objetivos e indiscutíveis, organizados por uma entidade internacional que não representa qualquer interesse particular no futebol português. São esses dados que demonstram que o FC Porto, esse clube em crise, que alguém disse ter perdido competitividade, foi afinal um dos melhores do mundo no último ano. Não sou eu que o digo. Também são os dados objetivos que demonstram que desde 2020 vencemos tantos troféus nacionais como o Benfica, o Sporting e o Sp. Braga juntos”, destacou a propósito dos oito títulos nacionais que os dragões conseguiram ganhar nessa janela temporal, tantos como os principais rivais conseguiram.
“A crise desportiva do FC Porto é uma fantasia inventada em Portugal por inimigos de um clube que muitos sonham ver regressar ao que era antes do 25 de abril. Não terão sorte”, concluiu Pinto da Costa, presidente dos azuis e brancos que ainda não anunciou se vai ou não recandidatar-se pela 16.ª ocasião.