A organização Carbon Disclosure Project (CDP) analisou mais de 21.000 empresas no que diz respeito ao combate às alterações climáticas, integrando cinco companhias portuguesas entre as que registam uma melhor pontuação.

A BA Glass, a EDP, a Jerónimo Martins, a Sonae SGPS e a Sonae MC são as empresas portuguesas que integram a chamada “lista A”, distinguindo-se na categoria Clima.

No total, o CDP avaliou mais de 21.000 empresas, sendo que menos de 400 (2%) integram a “lista A” de 2023, onde estão as que atingiram o nível de excelência em, pelo menos, uma das três categorias destacadas — Clima, Florestas e Água.

As empresas responderam a um conjunto de questionários, tendo por base as três categorias, e o resultado foi utilizado para a avaliação das mesmas.

De acordo com os dados esta terça-feira divulgados, 346 empresas integram a “lista A” em matéria de alterações climáticas, 30 lideram no que diz respeito às florestas e 101 formam o conjunto que se destaca na categoria segurança da água.

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O ‘ranking’ (avaliação) destaca 10 empresas como as que tiveram a nota “A” nas três categorias, a nível mundial.

Entre estas encontram-se Beiersdorf AG (Europa), a Danone (Europa), KAO Corporation (Ásia), Kering (Europa) e a Klabin (América do Sul).

Surgem também com a mesma classificação nas três categorias a Lenzing (Europa), a L’Oréal (Europa), Mayr-Melnhof Karton Aktiengesellschaf (Europa), a Philip Morris International (América do Norte) e a Sekisui House (Ásia).

Já entre as empresas com classificação “A” em duas categorias estão, por exemplo, a Musim Mas Holdings (Ásia), a Mondi PLC (Europa), a Miguel y Costas (Europa), a Unilever plc (Europa), The Nisshin OilliO Group (Ásia) e a Anheuser Busch InBev (Europa).

Desta lista fazem ainda parte empresas como a Mars (América do Norte), que se distinguiu na categoria Florestas, a Nissan Motor (Ásia), que teve a classificação “A” na categoria Água, o Vodafone Group e o Volvo Car Group, ambos com nota máxima na categoria Clima.

“É encorajador ver tantas empresas, em todo o mundo, a iniciar ou acelerar o seu caminho em direção à transparência ambiental em 2023. Vimos um aumento de 24% nas divulgações no ano passado e essa trajetória é bem-vinda”, apontou, em comunicado, a presidente executiva do CDP, Sherry Madera.

Para esta responsável, estar na lista de classificações “A” é “mais do que uma pontuação […], é um indicador de dados de alta qualidade, que dotam as empresas de uma visão holística quanto ao seu impacto ambiental e servem de base para planos de transição”.

Contudo, Sherry Madera ressalvou existir ainda “uma minoria de empresas” à altura deste desafio. “Sem transparência e responsabilização — seguidas de uma ação imediata, as reivindicações de sustentabilidade não têm sentido”, apontou.