Todos os construtores têm de respeitar os limites de emissões de CO2 impostos por Bruxelas e a Volvo não é excepção. Para conseguir comercializar uma série de modelos equipados com motores exclusivamente a gasolina, o construtor sueco tem de vender veículos híbridos plug-in (PHEV) ou eléctricos, sendo que até aqui a Volvo apostava maioritariamente nos primeiros. Mas o mercado tem vindo a evoluir nos últimos tempos e os PHEV há quatro meses que caem continuamente, ao contrário do que acontece com os eléctricos, sobretudo desde que o EX30 começou a chegar aos clientes.
Em Janeiro de 2024, o construtor escandinavo comercializou 53.402 veículos, mais 10% do que no primeiro mês de 2023. Entre eles, apenas 19.171 veículos montavam baterias recarregáveis, o que representa uma queda de 3% face ao mesmo período do ano anterior.
A explicação para a alteração no mix de vendas e na percentagem de modelos equipados com acumuladores recarregáveis reside nos PHEV que, em Janeiro deste ano, venderam menos 16% do que no mesmo período de 2023, sendo apenas responsáveis por 9945 unidades. Menos mal, para a marca sueca, que os veículos 100% eléctricos cresceram 17%, atingindo agora 9226 unidades, praticamente igualando os PHEV, com os modelos com baterias recarregáveis a representarem 36% do total das vendas da marca.
Como que a provar que os PHEV têm perdido força sobretudo nos últimos meses, começando a assistir à subida dos eléctricos, basta analisar o ano completo de 2023, em que os PHEV venderam 152.561 veículos, mais 10% do que em 2022 e 21,5% do total de vendas da Volvo, substancialmente mais do que os 113.419 veículos 100% eléctricos, que conquistaram 16% do share. Contudo, os eléctricos cresceram 70% face a 2022, contribuindo para que as vendas totais da marca atingissem 265.980 unidades, mais 30% do que no ano anterior.