“Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele” e, para a Pagani, o Huayra R EVO é o maior lobo da alcateia da Pagani Automobili SpA, construtor italiano cujo objectivo é produzir superdesportivos melhores e mais potentes do que a concorrência, da Ferrari à Lamborghini. Horácio Pagani, que fundou a Pagani em 1992, foi durante anos o responsável pelos materiais compósitos na Lamborghini, antes de criar a sua própria empresa. A lista de superdesportivos que produziu é daquelas que criam água na boca de qualquer amante de carros potentes e emocionantes, mas o Huayra R EVO é (de longe) a jóia da coroa.
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A Pagani, que conta com o sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1 Lewis Hamilton na lista dos seus principais clientes, é um construtor para quem procura um carro homologado para circular em estrada, mas capaz de proporcionar quase o mesmo prazer de condução de um modelo de competição. Aliás, o Huayra tem tudo de um carro de competição, do chassi produzido a partir de um monobloco em fibra de carbono a uma carroçaria no mesmo material, para ser extremamente leve, pois é impossível conceber um veículo eficaz, se for pesado.
O motor desta preciosidade é o 6.0 V12 atmosférico fabricado pela HWA, empresa alemã associada à Mercedes e que tem por base o V12 da marca germânica, substancialmente modificado e actualizado. O resultado traduz-se em números: 900 cv de potência e uns igualmente impressionantes 770 Nm de binário. Mas, para quem admira estes motores multicilindros, um dos pormenores mais importantes é que a potência máxima é conseguida às 8750 rpm e o V12 é capaz de “gritar” até às 9200 rpm, regime que nem os motores da Ferrari e da Lamborghini atingem.
Se associarmos a elevada potência, sobretudo para uma unidade atmosférica, a um peso muito reduzido, e o Huayra R EVO acusa apenas 1060 kg quando colocado sobre a balança — sensivelmente o mesmo do mais simples e menos possante Fiat 500 (1055 kg) —, é natural que se obtenham uns entusiasmantes 350 km/h de velocidade máxima e uma capacidade de aceleração capaz de cortar a respiração. Pode ver a ficha técnica do superdesportivo aqui.
Para conseguir este rendimento, a Pagani dotou o Huayra R EVO com uma traseira longa e aerodinâmica (mais 19 cm), mas sem abrir mão do apoio aerodinâmico, que aumentou 45% face à versão anterior, pois sem downforce não há aderência que permita colocar (sem riscos) toda a potência no asfalto.
