15 golos marcados, zero sofridos. Nos últimos três jogos contra o Sp. Braga em Alvalade, entre Campeonato e Taça da Liga, o Sporting venceu sempre por 5-0. Os leões voltaram a golear os minhotos este domingo, chegando à 7.ª vitória consecutiva no Campeonato e alcançando o melhor registo da atual temporada.

Eduardo e Gonçalo, a questão central que empurra uma equipa (a crónica do Sporting-Sp. Braga)

A equipa de Rúben Amorim mantém-se totalmente vitoriosa em casa, tendo agora 11 triunfos em 11 jogos disputados: algo que não conseguia desde 1979/80 e que já tinha alcançado noutras cinco ocasiões, sendo que foi campeão nacional sempre que aconteceu, acrescentando o facto de não perder em Alvalade para a Liga há um ano, desde fevereiro de 2023 e contra o FC Porto. Adicionalmente, desde 1973/74 que o Sporting não marcava tantos golos nas primeiras 20 jornadas do Campeonato, tendo agora 58 — e 26 nos últimos três encontros.

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A título individual, Trincão marcou pela 5.ª jornada consecutiva e foi eleito o melhor jogador em campo, mostrando-se “muito satisfeito” já na zona de entrevistas rápidas. “Queríamos ganhar e por muitos golos. Criámos oportunidades e concretizámo-las. No último jogo [contra o Sp. Braga] não conseguimos, hoje conseguimos e estamos felizes. A minha exibição também tem a ver com o coletivo, os meus companheiros também me ajudam bastante. Ambiente? Incrível, tinha dito ao Morita que assim vale a pena, gosto muito de ter toda a gente presente e dou-lhes sempre uma palavra, apoiaram-nos do início ao fim”, atirou o avançado português, recordando que os leões ainda não tinham conseguido vencer os minhotos na atual temporada, com um empate e uma derrota.

Já Rúben Amorim, também na flash interview, fez uma breve análise ao jogo. “Foi um jogo muito dividido na primeira parte. O relvado não ajudou nenhuma equipa, a bola não colava tão bem. O Sp. Braga pressionava homem a homem, mas com rotação criámos muitas saídas. Numa recuperação e na primeira oportunidade fizemos golo. O segundo golo é uma grande jogada do Quaresma. Com o 2-0, começámos a defender sem bola porque para continuarmos a pressionar teríamos de deixar homem para homem. Foi preferível assim”, começou por dizer o treinador leonino.

“No início da segunda parte tivemos dificuldades em encaixar na pressão. O Sp. Braga esteve muito bem e um golo poderia ter complicado. Marcámos e o Sp. Braga começou a cair. O resultado não espelha o que se passou no jogo. Foi muito parecido com o que se passou na Taça da Liga, tivemos a eficácia que não tivemos nesse jogo”, acrescentou Amorim.

Mais à frente, o técnico explicou o facto de Eduardo Quaresma ter tido mais liberdade para atacar do que Gonçalo Inácio. “Para estarem dois jogadores com o Viktor [Gyökeres] algum tem de falhar em algum sítio. Havia três centrais para dois avançados, tentámos abrir para fazê-los correr. E tinha de ser quem sobrava a carregar a bola. Carregaram o Seba [Coates] e o Quaresma, que fez o golo, e menos o Inácio. Foi um jogo muito difícil. O Sp. Braga preparou muito bem o jogo. Não jogando tão bem, fomos eficazes e soubemos matar o jogo nos momentos certos”, explicou, terminando com um comentário às 11 vitórias em 11 jornadas em Alvalade.

“Somos fortes a jogar em casa, como uma equipa grande deve ser. Com o nosso público estamos mais confortáveis. Na segunda volta do ano passado jogámos muito bem e não conseguimos estes resultados. A bola vai entrando, vamos continuando a fazer o nosso trabalho. É mérito da equipa, mas há fases assim em que as coisas correm bem”, concluiu.