A gigante japonesa de tecnologia e entretenimento Sony anunciou, esta quarta-feira, uma queda homóloga de 10% nos lucros entre abril e dezembro, para 781,6 mil milhões de ienes (4,8 mil milhões de euros).

Tal como a maioria das empresas japonesas, o presente ano fiscal da Sony decorre entre 1 abril de 2023 a 1 de março de 2024.

O conglomerado, sediado em Minato, um dos bairros que integra a metrópole de Tóquio, justificou a descida dos lucros com o fraco desempenho do segmento de sensores de imagens, de acordo com um comunicado.

O lucro operacional deste setor caiu 8,8% e as vendas decresceram 3% nos últimos nove meses de 2023, em comparação com igual período de 2022, devido à queda na venda de televisores, tendência que a Sony acredita que se vai manter.

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Além disso, a empresa mencionou o desempenho do negócio de seguros de vida, cujo crescimento acelerado durante a pandemia de Covid-19 não se manteve.

Aliás, a Sony anunciou que vai separar o segmento financeiro, incluindo seguros, do resto do conglomerado até 2025.

O grupo registou lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos de reestruturação ou de arrendamento (EBITDAR) de 1,44 biliões de ienes (8,9 mil milhões de euros), menos 5% do que em igual período de 2022.

Também o lucro operacional da Sony entre abril e dezembro caiu 15% em comparação com o mesmo período do ano anterior, para 979,4 mil milhões de ienes (6,1 mil milhões de euros).

Isto apesar do volume de negócios do conglomerado ter aumentado 20% para 9,54 biliões de ienes (59,1 mil milhões de euros), sobretudo devido aos videojogos e música da Sony, que beneficiaram de taxas de câmbio favoráveis.

O volume de negócios da área de videojogos, que representa 30% das vendas totais do grupo, cresceu 23,3%, principalmente devido aos jogos para a consola PlayStation 5.

Também as receitas do setor de música da Sony subiram 15,3% devido à rentabilidade dos serviços de ‘streaming‘ (transmissão através da internet).

A desvalorização da moeda japonesa, o iene, face ao dólar norte-americano, favorece os grandes grupos exportadores, tornando os produtos mais competitivos no estrangeiro e aumentando os lucros obtidos no exterior.

O negócio do cinema, fortemente atingido pela pandemia, deu sinais de melhoria e aumentou o volume de negócios em 7,5% nos nove meses até dezembro, graças sobretudo às licenças para plataformas online e às assinaturas da plataforma de ‘anime‘ (desenhos animados japoneses) Crunchyroll.

A Sony disse esperar um lucro líquido de 920 mil milhões de ienes (5,7 mil milhões de euros) no atual ano fiscal, que termina a 31 de março, o que representará um aumento de 5%.