O Parlamento grego aprovou esta quinta-feira o casamento civil homossexual e a adoção por casais do mesmo sexo. É, por isso, o primeiro país cristão-ortodoxo a dar este passo. E dezenas de pessoas juntaram-se nas ruas de Atenas para celebrar.
Segundo a agência Reuters, dos 300 deputados gregos, 176 votaram a favor. Entre os votos contra e as abstenções, estiveram vários deputados do partido Nova Democracia, do primeiro-ministro grego, Kyrialos Mitsotakis, que sempre defendeu a proposta. Aliás, apesar de muitos deputados do seu partido se terem demonstrado contra a proposta do governo, Kyrialos Mitsotakis conseguiu o apoio da esquerda, garantindo assim a maioria.
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O projeto de lei agora aprovado foi apresentado pelo governo conservador e foi alvo de vários protestos, que juntaram milhares de pessoas à frente do parlamento e na Praça Syntagma. Na semana passada, cerca de quatro mil pessoas mostravam cartazes com frases como “homossexualidade não é um direito humano”. Os manifestantes defendiam que a aprovação do casamento de pessoas do mesmo sexo seria “um crime contra crianças inocentes”.
Já dentro do parlamento grego, muitos assumiram a sua posição contra o casamento civil de pessoas do mesmo sexo. Por exemplo, Antonis Samaras, antigo primeiro-ministro, disse que “o casamento de casais do mesmo sexo não é um direito humano”, à semelhança daquilo que se tem dito nas ruas.
Ainda assim, mesmo perante os protestos e a desaprovação da Igreja Ortodoxa, o primeiro-ministro grego, Kyrialos Mitsotakis, defendeu que “não é aceitável que existam pessoas com menos direitos do que outras”.