Tal como em Itália as autoridades privilegiam integrar nas respectivas frotas modelos de fabricantes transalpinos ou, na Alemanha, as forças policiais se deslocam sobretudo com veículos de construtores germânicos, em França, a gendarmerie tem uma relação de longa data com o Grupo Renault. Especialmente quando se trata de garantir que, caso seja necessário fazer uma perseguição a alta velocidade, nem a Brigada de Intervenção Rápida fica para trás, nem o infractor fica a rir. Foi o que aconteceu no início deste mês, graças ao desempenho de um dos 26 Alpine A110 que, em 2022, passaram para as mãos das autoridades francesas, em substituição do Renault Mégane RS. A curiosidade é que a perseguição que deu que falar (na imprensa e nas redes sociais francesas) teve como alvo a deter uma carrinha. Não uma carrinha qualquer, mas sim uma tão familiar quanto desportiva. O problema é que foi apanhada a circular numa auto-estrada a 272 km/h!

Poucos dias antes da revelação do RS6 Avant GT 2024, o novo “avião” familiar da Audi, um exemplar mais antigo desta linhagem foi “flashado” por um radar a circular nada mais, nada menos que 142 km/h acima daquilo que é permitido por lei. Ou seja, mais do dobro dos 130 km/h fixados como limite para as vias rápidas francesas.

A infracção ocorreu na região de Biermont e, por sorte ou azar (dependerá da perspectiva), a gendarmerie estava a postos e devidamente preparada para perseguir os mais afoitos, a bordo do coupé da Alpine, um desportivo leve e ágil que está limitado a 250 km/h de velocidade máxima. Daí que, quando soaram os alarmes de que um condutor estava a “voar” no asfalto a 272 km/h, a guarda francesa tenha soltado os 252 cv do A110, modelo que vai dos 0 aos 100 km/h em 4,5 segundos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

5 fotos

Bastaram alguns quilómetros no encalço do “acelera” para a gendarmerie conseguir interceptar o infractor que, aproveitando o amplo espaço a bordo da RSE Avant, se fazia acompanhar por mais dois passageiros. A viagem dos três prosseguiu, mas com um destino que eventualmente não estaria nos planos do trio: foram detidos e o condutor arrisca ficar inibido de conduzir durante três anos. No imediato, teve de depositar 1500€ e entregar a licença de condução. O veículo foi igualmente confiscado. Caberá ao juiz, em audiência em tribunal a realizar em Abril, determinar quanto vale, em termos de penalização, colocar em risco a vida dos restantes utilizadores da via pública.