Um jovem de 19 anos, estagiário na biblioteca de uma escola do 1.º ciclo de Sines (Setúbal), está a ser acusado de alegada “importunação sexual de menores”, confirmou esta quinta-feira à agência Lusa fonte oficial da GNR.
Segundo explicou à Lusa a tenente-coronel da GNR Mafalda Gomes de Almeida, os militares do posto de Sines da GNR receberam “uma denúncia de importunação sexual de menores contra um jovem de 19 anos que se encontra a estagiar” na biblioteca de uma escola do 1.º ciclo de Sines.
“A denúncia foi apresentada ontem [quarta-feira] de manhã, [no posto da GNR] em Sines”, adiantou.
De acordo com a mesma fonte, vão ser encetadas “diligências de investigação” para apurar mais pormenores sobre este caso.
Contactado hoje pela Lusa, o Ministério da Educação revelou, através de correio eletrónico, que “a situação está a ser averiguada” e que o jovem, formando na CERCI (Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados) de Sines, “está impedido de voltar a esta ou a outra escola”.
“Independentemente do que for apurado pelas autoridades competentes, foi já estabelecido entre a escola e a instituição responsável pela formação do formando (CERCI), que este está impedido de voltar a esta ou a outra escola“, precisou.
De acordo com a edição online do jornal Correio da Manhã, “um grupo de mães apresentou na quarta-feira queixas na GNR de Sines por alegados abusos sexuais sobre alunas do 1.º ciclo, entre os 6 e os 9 anos”
O jornal refere que o suspeito é um jovem “com doença mental, que está a estagiar na biblioteca” da escola.
“Ele está há sete meses na escola, não sabemos quantas crianças foram” abusadas, afirmou uma das mães.
Apesar de contactada pela Lusa, a diretora do agrupamento de escolas de Sines não esteve disponível durante o dia de hoje para prestar declarações.
Por seu lado, numa resposta por escrito, a associação de pais daquele estabelecimento de ensino disse que teve conhecimento “que duas meninas relataram ter sido tocadas indevidamente por um jovem que se encontrava a realizar um estágio na escola, ao abrigo de um protocolo com a CERCI”.
“As alunas fugiram e reportaram os factos, tendo a informação sido transmitida à professora titular e à coordenadora da escola” que, por sua vez, “comunicou os factos de imediato à direção do agrupamento”, adiantou.
A associação de pais lamentou o sucedido e referiu ainda que foi “desde logo determinado que o jovem não regressaria à escola”, tendo sido adotadas as “devidas medidas para evitar que a situação se repetisse”.