Os países do G7 comprometeram-se este sábado a continuar a ajudar a Ucrânia a defender-se da invasão russa, bem como a aprovar novas sanções contra a Rússia.

A posição do G7 — grupo das sete democracias mais industrializadas do mundo — consta de uma declaração final divulgada após uma reunião por videoconferência, presidida a partir de Kiev pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Na declaração conjunta, citada pela agência EFE, os líderes da Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, Alemanha e Canadá afirmam que “continuarão a apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa” e reiteraram “o compromisso com a segurança a longo prazo da Ucrânia, nomeadamente através da conclusão e implementação de compromissos e acordos bilaterais de segurança”, com base na Declaração Conjunta de Apoio à Ucrânia aprovada em Vilnius em julho passado.

Os países do G7 comprometeram-se ainda a aumentar “o custo da guerra para a Rússia, degradando as suas fontes de rendimento e impedindo os seus esforços para construir a sua máquina de guerra”, e a “aplicar e fazer cumprir na íntegra as sanções contra” o país. Outras medidas poderão ser adotadas, “se necessário”.

G7 pede à Rússia que esclareça completamente a morte de Navalny

Os países do G7 também pediram este sábado que o Governo russo esclareça totalmente as circunstâncias da morte do líder da oposição Alexei Navalny, que morreu na prisão na semana passada em circunstâncias pouco claras.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Nesta ocasião, prestamos também homenagem à extraordinária coragem de Alexei Navalny e apoiamos a sua mulher, filhos e entes queridos. Ele sacrificou a sua vida lutando contra a corrupção do Kremlin [presidência russa], e por eleições livres e justas na Rússia”, lê-se num comunicado conjunto das sete maiores potências mundiais, após uma reunião por videoconferência presidida pela primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, país que detém atualmente a presidência rotativa do G7.

Meloni, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, visitaram este sábado Kiev por ocasião do segundo aniversário do início da invasão russa na Ucrânia.

Na nota conjunta, os líderes do G7 apelaram a Moscovo para que “esclareça totalmente as circunstâncias que rodearam” a morte do opositor russo, bem como pediram ao Governo russo para que “liberte todos os prisioneiros injustamente detidos e acabe com a perseguição da oposição política e a repressão sistemática dos direitos e liberdades dos russos”.

“Vamos responsabilizar os responsáveis pela morte de Navalny, nomeadamente continuando a impor medidas restritivas em resposta às violações e abusos dos direitos humanos na Rússia e tomando outras medidas”, acrescentaram.

“As autoridades russas concordaram hoje [sábado] em entregar o corpo do líder da oposição Alexei Navalny à sua mãe”, escreveu Kira Yarmish, porta-voz da equipa do opositor, na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que a mãe de Navalny, Liudmila, ainda se encontra na cidade ártica de Salekhard, perto da prisão onde o filho morreu a 16 de fevereiro.

O G7 integra Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada.

Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu aos 47 anos numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos. Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência. Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.