A juíza de instrução criminal do processo “Operação Pretoriano” advertiu três arguidos para que observem “escrupulosamente” as medidas de coação que lhes foram aplicadas, sob pena de serem revogadas e substituídas por outras mais gravosas, como a prisão preventiva. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias.
É o caso de Sandra Madureira, vice-presidente dos Super Dragões e mulher de Fernando Madureira, atualmente em liberdade, mas que pode vir a ser colocada em prisão preventiva se voltar a violar as proibições impostas.
Escreve o JN que foi reportado ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto que os três arguidos violaram algumas das obrigações e, no caso de Sandra Madureira, as autoridades terão verificado um contacto com o atual líder dos Super Dragões, conhecido como “Lipinho”. Sandra Madureira terá comentado uma fotografia de “Macaco” publicada no Instagram de “Lipinho”. “A lealdade tem um preço muito caro e um valor incalculável”, diz o comentário citado pelo Jornal de Notícias, que adianta que a frase publicada online é encarada como um contacto com um elemento da liderança dos Super Dragões, o que pode configurar uma violação das medidas de coação.
Sandra Madureira, vice-presidente dos Super Dragões e mulher de Fernando Madureira, é suspeita de ter liderado um grupo de membros da claque que terá tentado ameaçar a liberdade de expressão dos sócios do FC Porto na Assembleia-Geral (AG) Extraordinária de 13 de novembro.
Desde 7 de fevereiro que Sandra está proibida de contactar com qualquer interveniente processual no processo (arguido ou testemunhas). A mulher de “Macaco” também não pode entrar em qualquer recinto desportivo “onde se realizem espetáculos desportivos de qualquer modalidade e/ou escalão referente ao clube Futebol Clube do Porto”, lê-se no comunicado da desembargadora Ausenda Gonçalves, presidente do Tribunal Judicial da Comarca do Porto.
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Além de o juiz ter também decretado proibição de frequência da sede dos Super Dragões para Sandra Madureira, também determinou que a mulher do líder dos Super Dragões e mais cinco arguidos têm de se apresentar na esquadra mais próxima da sua residência três vezes por semana: “à segunda, quarta e sextas-feiras entre as 8h e as 22h, bem como nos dias e horas em que decorra jogo, nacional e/ou internacional, que envolva a equipa principal de futebol profissional do FC Porto”.