O Ministério da Gestão de Emergências da China anunciou, esta terça-feira, que vai proibir o estacionamento de motos elétricas em recintos fechados, como medida para evitar incêndios provocados pelas baterias destes veículos, que se multiplicaram nos últimos meses.
A medida vai ser aplicada em todo o país e afetará os milhões de utilizadores de motos elétricas, segundo o jornal oficial Global Times.
O anúncio surge menos de uma semana depois de pelo menos 15 pessoas terem morrido num edifício na cidade de Nanjing, no leste do país, após um incêndio que aparentemente começou no piso inferior, onde os residentes guardavam as bicicletas e motos elétricas.
O ministério afirmou que vão ser efetuadas “inspeções minuciosas” para detetar e eliminar os riscos e perigos relacionados com os incêndios, especialmente em edifícios residenciais altos.
O aumento dos incêndios provocados por motociclos elétricos em todo o país suscitou recentemente preocupações entre o público sobre a segurança das baterias destes veículos.
Embora muitas cidades tenham estabelecido normas técnicas locais para a segurança das baterias de lítio utilizadas em motociclos elétricos, ainda não foi implementada uma norma nacional obrigatória.
De acordo com as estatísticas da Administração Nacional de Bombeiros e Salvamento citadas pelo jornal, houve 21.000 casos relatados de incêndios de veículos elétricos em todo o país, em 2023, um aumento de 17,4% em relação a 2022, quando o número de tais incidentes cresceu 23,4% em relação ao ano anterior.
O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou no mês passado para que fossem feitos esforços para reduzir a frequência dos incêndios, “proteger a vida e os bens das pessoas” e a “estabilidade social”.