Esta sexta-feira olhamos para o discurso de Putin. Foi o mais longo discurso do Estado da Nação – durou duas horas e seis minutos – foi interrompido dezenas de vezes por aplausos, e nele Vladimir Putin voltou não só a apontar o dedo ao Ocidente, que acusou de querer transformar a Rússia num país fraco, como a lembrar que tem armas nucleares e que as usará se houver interferências na Ucrânia. Numa semana em que voltou a ser evidente que a Nato continua a falar a várias vozes, numa semana em que as diferenças de registo dos líderes francês e alemão nos recordaram que os problemas da Aliança não são só Trump, numa semana em que o líder eslovaco Robert Fico fez coro com o líder húngaro Viktor Orbán no papel de aliados de Putin na Europa, queremos discutir o significado do discurso do presidente russo enquanto esperamos por notícias de como estará a decorrer em Moscovo o funeral de Navalny. Devemos levar a sério a retórica e as ameaças de Putin?

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR