Depois de um dérbi, um clássico. E um clássico à luz do dérbi, acrescente-se. Roger Schmidt fez este sábado a antevisão ao encontro com o FC Porto no Dragão este domingo, num ponto comum que foge por exemplo a outro como a opção dos encarnados em viajarem apenas no dia do jogo para a Invicta, mas falou em grande parte daquilo que se passou na derrota frente ao Sporting na primeira mão das meias-finais da Taça, entre a questão da arbitragem e a aposta pelo segundo encontro consecutivo num ataque mais móvel sem ‘9’.

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“Revolta de Di María pelo golo anulado? Não li mas entendo. O árbitro merece ser criticado porque tomou uma má decisão. Foi 100% golo. Ninguém me convence que foi um golo em fora de jogo. Foi um golo bonito, decisivo e foi pena o árbitro ter errado. Foi um bom momento de jogo e também foi uma pena para os adeptos. Teria sido interessante saber o que teria acontecido depois deste segundo golo em campo. É muito claro, toda a gente viu o que aconteceu no penálti. O que foi embaraçoso foi o que o Edwards fez na área e ele querer dar esse penálti. O nível dos árbitros nestes jogos tem de ser de top. O Ángel [Di María] não ficou naturalmente feliz com esta decisão”, começou por apontar o técnico alemão sobre o lance polémico em que o VAR Fábio Melo e depois o árbitro Fábio Veríssimo anularam aquele que seria o empate a dois aos 71′.

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“Não houve nada. Foi limpo, expliquem-me porque é que foi anulado.” Schmidt critica arbitragem, mas admite que nível não foi “top top”

“Arthur Cabral? Temos de equilibrar a equipa, arranjar a melhor estratégia. Todos os jogadores têm de mostrar 100% em cada jogo. Jogam os que estão em melhor forma, tenho de fazer opções”, referiu depois sobre essa aposta em Di María, Rafa e David Neres com Kökçü no apoio. Todos querem jogar de início e por 90 minutos mas a minha função é gerir a equipa. Não temos problemas a marcar golos, o meu trabalho é encontrar o melhor equilíbrio para a equipa. Todos os avançados podem marcar, não tenho dúvidas disso. Mesmo que marquem dois golos de seguida, não quer dizer que vão jogar sempre. Têm de estar bem taticamente, nas transições, tem de mostrar todo o pacote, não basta marcar golos para jogar no Benfica”, acrescentou ainda Roger Schmidt a esse propósito, sem revelar se a apostar será para manter.

[Veja aqui os casos do Sporting-Benfica e a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no programa Sem Falta da Rádio Observador]

VAR certo nos golos anulados? Penálti de João Neves sobre Pote? Os casos do dérbi, em vídeo

Já em relação ao clássico, o treinador do Benfica relativizou os dois triunfos esta temporada frente ao FC Porto na Supertaça e na primeira volta do Campeonato, elogiando a capacidade dos dragões e exibições como a que fez frente ao Arsenal. “Jogámos com eles duas vezes esta época, conhecemo-los muito bem e sabemos que é difícil. É um grande desafio. Mudaram um pouco a equipa, taticamente são muito bons, defendem bem e estão sempre alerta para a segunda bola. É um jogo muito difícil porque são bem organizados e esperam por encontrar espaços. É difícil jogar com eles em casa, em recinto neutro ou em casa deles mas estamos prontos para lutar os 90 minutos para obter o melhor resultado possível. Pressão? Não é um jogo decisivo, mas é sempre um grande jogo, há muitas razões para querermos ganhar”, salientou.

“É difícil comparar equipas como o Sporting e o FC Porto. Como digo sempre, a situação na Liga é sempre complicado, todas as equipas têm qualidade. Quando os defrontamos temos de encontrar soluções, os pequenos detalhes são decisivos. Na quinta-feira não estivemos ao nosso melhor nível mas depois do segundo golo sofrido melhorámos. Perdemos mas vi qualidade e mentalidade na minha equipa. Estávamos perder por 2-0 e quisemos marcar, voltar ao jogo. A equipa acredita em si própria, principalmente nos momentos difíceis”, apontou o técnico na antecâmara de um clássico que pode reforçar a liderança na Liga dos encarnados ou permitir nova aproximação ou ultrapassagem do Sporting, caso vença o Farense.

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“Viagem amanhã [domingo]? Mudámos um pouco as coisas para dar o máximo de descanso aos jogadores. Estarem em casa, relaxarem no seu espaço… já percebemos que é o melhor. Temos muitos jogos e penso que é importante para os jogadores descansarem, libertarem a cabeça. Os jogadores preferem assim e já mostraram rendimento nos jogos depois de agirmos desta forma”, concluiu Roger Schmidt.