No sul da Suécia, a polícia está a apelar à proibição do uso de coletes à prova de bala por parte da população, medida que consideram causar medo no meio das comunidades. Compra de coletes tem aumentado nos últimos tempos no país, com os gangues a recrutarem jovens numa altura em que ocorreu uma escalada de violência.

De acordo com o The Guardian, há cada vez mais crianças e jovens, incluindo menores de 15 anos, a usarem coletes à prova de bala em toda a Suécia, já que os gangues continuam a atrair a geração etária mais baixa para as suas fileiras.

“Pode haver uma guerra na Suécia”: ministro e comandante das forças armadas apelam a que população se prepare para um conflito

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Patrik Andersson, chefe dos serviços secretos da polícia no condado do sul de Skane, pediu que a venda de coletes à prova de bala a cidadãos seja proibida apesar de, na teoria, estes ajudarem a proteger quem os utiliza.

“Quem precisa de coletes à prova de balas? Guardas e policias precisam de usar no seu trabalho. Não acreditamos que os criminosos precisem de usá-los. Está a espalhar-se por toda a Suécia”, disse Andersson, citado pelo The Guardian, considerando que os coletes “não pertencem a nenhum Estado, a não ser numa situação de guerra”.

O chefe dos serviços secretos também acrescentou que o uso de coletes à prova de bala aumentou o número de tiros direcionados à cabeça. “O que pudemos ver quando eles começaram a usar os coletes é que, quando iam matar alguém, atiravam na cabeça”, disse.

Hungria ratifica adesão da Suécia à NATO: “É um dia histórico”, diz Estocolmo

Os coletes à prova de bala novos podem custar até 887 euros e, segundo Andersson, tornaram-se um símbolo daqueles que estão associados a um gangue, promovendo a instabilidade social no país, numa altura em que a violência têm estado a aumentar.