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O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, afirmou esta segunda-feira que a Suécia está “pronta para assumir as suas responsabilidades” na NATO, depois de a Hungria ter ratificado a adesão de Estocolmo à Aliança Atlântica, num dia que descreveu como histórico.

“Hoje é um dia histórico“, escreveu o chefe do executivo sueco na rede social X (antigo Twitter). A Suécia, acrescentou, “está pronta para assumir as suas responsabilidades na segurança euro-atlântica”.

O parlamento húngaro ratificou esta segunda-feira a adesão da Suécia à NATO, o passo final necessário para o país nórdico que deseja aderir à Aliança Atlântica desde a invasão russa da Ucrânia. A candidatura de Estocolmo foi aprovada por uma esmagadora maioria de deputados (188 votos em 199 lugares).

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Quer a Finlândia, quer a Suécia solicitaram em conjunto a adesão à Aliança Atlântica, após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. A Finlândia tornou-se membro de pleno direito da NATO em 04 de abril do ano passado, o que levou a que a fronteira da Aliança com a Rússia mais do que duplicasse. No caso da Suécia, a Turquia e a Hungria ainda mantiveram o seu veto. Ancara, que tinha acordado compromissos de segurança com Helsínquia e Estocolmo, ainda tinha dúvidas sobre o envolvimento sueco na luta contra o alegado terrorismo curdo, tendo aprovado a adesão no final de janeiro.

João Gomes Cravinho: “Juntos somos mais fortes”

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, saudou a entrada da Suécia na NATO, garantindo que irá fortalecer quer o bloco, quer a Aliança Atlântica, além de promover a parceria estratégia entre ambas as partes. “Vinte e três Estados-membros da UE farão agora parte da Aliança. Isto fortalece a UE e a NATO e promove a parceria estratégica UE-NATO”, realçou Borrell através das redes sociais.

Também o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, considerou a adesão da Suécia à NATO “uma excelente notícia”, aludindo ainda à união da Aliança Atlântica. “A ratificação da adesão da Suécia à NATO pelo parlamento húngaro é uma excelente notícia, apesar do atraso. Juntos somos mais fortes!”, pode ler-se numa nota publicada pelo chefe da diplomacia portuguesa na rede social X.

Uma vez obtido o consenso de todos os países, para que a Suécia se torne membro de pleno direito da Aliança e possa beneficiar da defesa coletiva em caso de ataque, ainda existem algumas etapas administrativas que devem ser concluídas.

A Suécia deve depositar o chamado protocolo de adesão nas mãos dos Estados Unidos, que será mantido no Departamento de Estado norte-americano, em Washington. Como culminação simbólica, a bandeira sueca será hasteada numa cerimónia na sede da NATO em Bruxelas, juntamente com as dos outros 31 aliados.