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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, é esperado em Istambul na sexta-feira, para ser recebido pelo seu homólogo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciaram esta quinta-feira as autoridades turcas.

No centro da reunião estará “a situação entre a Ucrânia e a Rússia e os últimos contactos relativos ao relançamento de um corredor seguro no Mar Negro”, segundo um comunicado de imprensa da presidência turca publicado na rede X.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros especificou, num comunicado separado, que o encontro será realizado no Palácio Dolmabahçe, em Istambul, onde Erdogan já recebeu Zelensky em julho de 2023.

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Uma conferência de imprensa está prevista para o final do dia, às 19h00 locais (16h00 em Lisboa), segundo a mesma fonte.

Após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, o Presidente ucraniano fez a sua primeira visita à Turquia no início de julho do ano passado.

Zelensky tem mantido desde então vários contactos com o Presidente turco, que conserva laços estreitos com Kiev e Moscovo.

Após a sua última deslocação a Istambul, Zelensky reapareceu em Kiev na companhia de prisioneiros do batalhão de Azov, incluindo o seu comandante e o respetivo adjunto, motivando uma forte condenação de Moscovo.

Os cinco homens tinham sido capturados pelas forças russas após a queda de Mariupol, no sul do país, em maio de 2022 e foram objeto de uma troca de prisioneiros ao abrigo da qual Ancara concordara em mantê-los no seu território até ao fim da guerra.

Durante os primeiros meses da invasão da Ucrânia, a Turquia esteve ativamente envolvida na criação de um corredor seguro no Mar Negro, associando a Ucrânia e a Rússia sob a égide da ONU.

Um acordo foi assinado em julho de 2022 em Istambul e permitiu à Ucrânia exportar quase 33 milhões de toneladas de cereais, sendo denunciado um ano depois por Moscovo.

Acordo para exportar cereais dura 4 meses e tem Istambul como porto de inspeções

Desde então, Kiev tem utilizado com sucesso uma rota alternativa ao longo das costas da Bulgária e da Roménia, membros da Aliança Atlântica.

A Turquia, que continua muito dependente da Rússia para o seu fornecimento de energia, não aderiu às sanções ocidentais contra Moscovo e é regularmente acusada de ajudar a contorná-las.

Dezasseis entidades turcas foram designadas no último conjunto de sanções anunciadas no final de fevereiro pela Casa Branca.

Em particular, trata-se de empresas que importam equipamentos contendo peças necessárias à indústria militar russa para reexportação.