O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou este sábado, antes de partir para a Jordânia e Israel, para o perigo de uma ofensiva militar terrestre do exército israelita em Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, para evitar uma grande tragédia humana.
“É importante que uma ofensiva em grande escala em Rafah, para onde fugiram muitas pessoas que já não têm um lugar seguro em Gaza, não cause uma grande tragédia humana”, disse Scholz em Berlim, de onde partiu para a Jordânia, após participar numa reunião do partido durante a manhã.
As declarações do governante surgem depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter aprovado um plano do exército para atacar Rafah.
O chanceler afirmou existir o risco de a ofensiva resultar em “muitas e terríveis baixas civis, que devem ser evitadas a todo o custo”.
A mensagem será também transmitida ao próprio Netanyahu durante um encontro no domingo, conforme indicou o seu porta-voz, Steffen Hebestreit, na sexta-feira.
O político social-democrata, que se reunirá primeiro com o rei Abdullah II na Jordânia, apela a um cessar-fogo humanitário para garantir a libertação dos reféns israelitas detidos pelo braço armado do Hamas e um maior fornecimento de ajuda humanitária.
Defende também, embora Netanyahu o rejeite, uma solução de dois Estados para israelitas e palestinianos.
A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e cerca de centena e meia de reféns, segundo as autoridades de Israel.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que matou mais de 31.300 pessoas até quinta-feira, segundo as autoridades do enclave governador pelo Hamas desde 2007.