Os chefes da diplomacia norte-americana e ucraniana concordaram este sábado na necessidade de os Estados Unidos desbloquearem rapidamente um apoio adicional de 275 milhões de euros para a Ucrânia continuar a combater a invasão russa.
Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros), Matthew Miller, indicou que, numa conversa telefónica, o secretário de Estado Antony J. Blinken e o ministro Dmytro Kuleba “discutiram os últimos desenvolvimentos no campo de batalha e o pacote de 300 milhões de dólares [275 milhões de euros] de assistência adicional à segurança anunciado pelos Estados Unidos em 12 de março”.
A Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou que iria encaminhar rapidamente cerca de 300 milhões de dólares em armamento para a Ucrânia, após identificar algumas poupanças de custos nos contratos do Pentágono.
O governante norte-americano “salientou a necessidade de a Câmara dos Representantes aprovar rapidamente o suplemento de segurança nacional”, refere o comunicado da diplomacia dos EUA.
Por seu lado, o ministro Dmytro Kuleba destacou “a necessidade e a urgência do apoio contínuo dos EUA e da comunidade internacional à Ucrânia, incluindo a defesa aérea e as munições de artilharia”.
“Discutimos formas de avançar para aprovar o suplemento extremamente necessário”, referiu o responsável ucraniano, na sua conta na rede social X.
“A Ucrânia tem demonstrado repetidamente nos últimos anos que, com apoio suficiente, podemos derrotar a Rússia no campo de batalha”, disse, advertindo que uma interrupção do apoio “prejudicaria gravemente a liderança dos EUA em todo o mundo e poria em risco a segurança nacional americana”.
Dmytro Kuleba avisou também que não se pode permitir à Rússia utilizar “os atrasos na ajuda para avançar, colocando toda a Europa e o mundo democrático em risco de uma guerra ainda maior”.
Os EUA também saudaram o Governo ucraniano por aplicar “as reformas anticorrupção necessárias para fazer avançar a sua integração euro-atlântica”, adiantou Matthew Miller.
A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).