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O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai reunir-se, esta terça-feira, para discutir o alegado ataque israelita contra o consulado do Irão na capital da Síria, que causou pelo menos oito mortos na segunda-feira.
O embaixador da Rússia junto da ONU, Dmitry Polyansky, disse na rede social X (antigo Twitter) que o país solicitou a marcação de uma reunião do Conselho para as 15h00 em Nova Iorque (20h00 em Lisboa).
After Israel's airstrike on the Iranian consulate in Damascus today, Iranians have turned to the UN Security Council to condemn this action.
Following their letter we have requested an open briefing of the UN Security Council. The Maltese presidency has scheduled it for 3:00 PM…
— Dmitry Polyanskiy ???????? (@Dpol_un) April 2, 2024
O pedido foi aceite por Malta, país que iniciou o mandato rotativo na presidência do Conselho.
O ataque aéreo contra o consulado do Irão em Damasco matou dois generais da Guarda Revolucionária iraniana e cinco outros militares iranianos, disseram autoridades de Teerão e Damasco citadas pela agência de notícias Associated Press.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, uma organização não-governamental sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de informadores no país, afirmou que o ataque causou oito mortes.
A ação indica uma escalada das ofensivas de Israel contra oficiais militares iranianos e aliados na Síria, que já se tinham intensificado depois do ataque de 7 de outubro em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas.
Os confrontos também aumentaram desde então entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, também apoiado por Teerão, ao longo da fronteira norte de Israel com o Líbano.
Israel, que raramente assume a autoria deste tipo de ataques, disse que não tinha comentários sobre os acontecimentos o ataque na Síria.
A guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza começou depois de 7 de outubro, quando comandos do movimento islamita palestiniano mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram perto de 250 reféns numa série de ataques em território israelita.
As Forças de Defesa de Israel responderam a esses ataques do Hamas com uma campanha militar na Faixa de Gaza, na qual morreram já mais de 32.800 palestinianos e mais de 75 mil ficaram feridos.