Demorou mas foi. O Sporting até pode ter a seu favor o histórico de confrontos com o Benfica em meias da Taça de Portugal, agora com um total de sete passagens em nove encontros, mas Rúben Amorim continuava à procura da sua primeira presença de sempre no Jamor como treinador depois de ter perdido uma final como jogador quando estava no Belenenses em 2007 (curiosamente frente ao Sporting, com golo de Liedson nos derradeiros minutos) e de ter ganho o troféu em 2013/14 quando representava o Benfica. Com isso, o técnico vai discutir a conquista do quinto título pelos leões com FC Porto ou V. Guimarães, tendo agora todos os focos concentrados no Campeonato e no “jogo grande” com os encarnados em Alvalade.

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Os leões regressam ao Jamor cinco anos depois da vitória diante do FC Porto nas grandes penalidades em 2019, na temporada que antecedeu a chegada de Rúben Amorim a meio da época de 2019/20, e com muito dedo à mistura do técnico pela forma como percebeu as carências “anormais” na equipa sobretudo em jogos frente ao Benfica e mexeu ao intervalo, trocando Diomande por St. Juste para ganhar velocidade e maior capacidade para defender a cair mais na lateral, Ricardo Esgaio por Geny Catamo para procurar uma maior largura pela direita com Trincão a passar para o lado contrário e Nuno Santos por Matheus Reis para ter outra segurança e capacidade de acompanhar por dentro os movimentos de Di María e Bah. Com isso, o Sporting melhorou, marcou duas vezes e chegou à final após empatar mas Rúben Amorim queria mais.

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“Hoje claramente não fomos superiores. O Benfica foi mais forte num ambiente difícil. Faltou-nos muita bola. No primeiro jogo fomos superiores e a vantagem pecou por escassa. O Benfica hoje foi mais agressivo. Quando temos que defender muito tempo complica-se tudo. Aguentámos bem o 0-0 na primeira parte. Entrámos bem na segunda. Nunca senti que a equipa tivesse o fio de jogo que costuma ter, há dias assim. Houve muitos jogadores abaixo do seu nível. Vamos ver as imagens e preparar o próximo jogo. Jogo de sábado? As sensações do campo estão lá. Temos que olhar para o jogo e não para a passagem. Passámos com mérito mas o jogo vai ter uma história diferente e vamos estar preparados”, referiu à RTP.

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“Se acredito na dobradinha? Se não for eu acreditar… toda a gente acredita. Vai ser muito difícil… mas vai ser até ao fim. Temos ainda vários jogos mas obviamente que acredito”, acrescentou ainda na zona de entrevistas rápidas, antes de voltar a “fintar” o futuro em Alvalade. “Estou muito focado e a pensar no jogo de sábado. Se a final da Taça será o último? Vamos ver…”, atirou na última resposta que deu na flash interview, voltando a “fintar” a questão de uma possível saída no final da época perante o interesse do Liverpool.

Mais tarde, na sala de imprensa do Estádio da Luz, falou também das substituições feitas ao intervalo e dos pontos que não correram tão bem tendo em vista o novo dérbi em Alvalade. “As alterações resultaram porque marcámos golo mas senti que nunca tivemos o nosso fio de jogo, não tivemos entrelinhas, entrámos pouco agressivos e o Benfica muito mais agressivo. Se passarmos muito tempo a defender a nossa equipa sofre. Tivemos oportunidades, mas sinto que enquanto equipa estivemos mais longe. Há dias assim, vamos ver o vídeo e tentar perceber. As razões são várias mas acabámos por passar. Com alguns abaixo do nível a equipa ressente-se mas agarrámo-nos a outras coisas”, comentou Rúben Amorim.

“Se olharmos para o jogo, este vai ajudar a preparar, também porque passámos. O Benfica esteve melhor. As duas equipas têm algo a que se agarrar mas teremos de ser obrigatoriamente melhores para ganhar. O que significa ir à final da Taça de Portugal no Jamor? Acima de tudo saber que chegámos ao derradeiro jogo de uma competição. Depois é um momento diferente do que vivemos, um dia especial e estamos felizes. Estamos contentes e a pensar no próximo jogo”, concluiu o técnico leonino na conferência de imprensa.