O novo Mitsubishi Outlander PHEV, cuja chegada ao nosso país está agendada ainda para 2024, oferece mais aos seus clientes do que os avanços na estética, tanto exterior como interior. Comparado com a geração anterior, que chegou ao mercado em 2019, o novo SUV nipónico começa por ser ligeiramente mais comprido (2 cm), continuando a confiar no motor a gasolina atmosférico de quatro cilindros como unidade principal, que continua a fornecer cerca de 135 cv e a funcionar segundo o ciclo Atkinson, para o tornar mais eficiente em matéria de consumo.

As vantagens da nova geração do Outlander começam a fazer-se notar quando nos debruçamos sobre os dois motores eléctricos, um em cada eixo para garantir tracção 4×4, que evoluíram substancialmente em matéria de potência. O que está instalado à frente viu o seu rendimento subir dos anteriores 82 cv para uns mais interessantes 116 cv (85 kW), enquanto o que surge montado atrás saltou dos anteriores 95 cv para os actuais 136 cv (100 kW). De recordar que, em condições normais, são os motores eléctricos que locomovem o Outlander, com o motor a combustão a ficar encarregue de recarregar a bateria, só participando em casos extremos na deslocação do modelo.

Emoções no gelo. Fomos testar o novo Outlander num lago (na Finlândia)

Se os novos motores eléctricos elevam a potência total de 224 para 251 cv, o que certamente se fará sentir na capacidade de aceleração e até na velocidade máxima — estes dados ainda não estão homologados para o mercado europeu —, é bem provável que o maior argumento comercial da mais recente geração do SUV da Mistubishi (claro está, além da estética) resida na sua bateria mais generosa. O acumulador que alimenta os motores eléctricos viu a sua capacidade subir de 13,8 para 20 kWh, o que torna possível a esta marca japonesa da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciar uma autonomia de 61 km em modo 100% eléctrico, em vez dos anteriores 45 km.

A maior autonomia em modo eléctrico não só permite satisfazer mais condutores que desejem baixar a sua factura de energia — desde que possam recarregar o seu PHEV em casa ou na empresa —, como vai ainda assegurar menores valores de consumo médio (segundo o ciclo europeu WLTP), a que deverão corresponder menores emissões declaradas de CO2/km, o que reduz alguns dos impostos que incidem sobre o veículo. Talvez por isso, a Mitsubishi projecte comercializar 125 unidades no nosso país ainda este ano, sobretudo para empresas, contando com o regresso ao mercado de um modelo que liderou folgadamente o mercado dos PHEV em Portugal durante anos e que deverá permitir à marca atingir 4000 unidades vendidas em 2024, depois das 1671 em 2022 e 2211 em 2023.

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