Paulo Portas, ex-presidente do CDS-PP, enviou uma “mensagem de esperança” ao 31.º Congresso, através de um vídeo, e dirigiu-se a todos os que deram o partido por terminado para dizer que se enganaram. Numa altura em que um Governo do PSD/CDS tomou posse, o ex-líder democrata-cristão refere que “não há democracia sem alternância e quando deixa de haver transforma-se numa ficção” e considera que o CDS tem uma oportunidade em mãos.
Depois de referir que “um extremo à esquerda julgou que eliminava o CDS politicamente, intelectualmente e até fisicamente” na altura do PREC, Paulo Portas sublinhou que “há dois anos um extremo à direita pensou que tinha chegado o fim do CDS” — “Voltaram a precipitar-se, voltaram e a enganar-se.”
Portas recordou que é preciso aproveitar a “oportunidade que é dada agora” com “competência”, reiterando que o CDS é um “partido útil”. “Na era dos extremos nada é mais necessário do que convicção, com moderação. Na era da demagogia nada é mais útil do que o serviço aos outros com competência”, realça.
No final do curto discurso, guardou um “obrigado” a Nuno Melo pela capacidade de “superar um tempo difícil” para o CDS e pediu às bases do partido que façam política com “convicção, mas respeitando a ideia dos outros”, aquilo que, diz, fez do CDS “melhor e maior”.