Depois da ronda com os partidos na Assembleia da República, Rita Júdice, ministra da Justiça, começou a pedir contributos a outras entidades para compor a lista de propostas no âmbito do combate à corrupção. Esta segunda-feira, depois de ouvidos todos os partidos, Rita Júdice, avançou ao Observador fonte deste ministério, pediu contributos ao Mecanismo Nacional Anticorrupção, ao Tribunal de Contas, à Procuradoria-Geral da República e ao Conselho Superior da Magistratura.

A lista de entidades a quem foi pedida colaboração é mais extensa e inclui a Associação Sindical dos Juízes Portugueses. “A associação sindical recebeu um ofício a pedir um contributo para essa matéria e estamos a elaborar um documento para propor medidas”, adiantou Nuno Matos, presidente deste sindicato, ao Observador.

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A promessa de pedir contributos a outros os organismos foi feita logo esta segunda-feira, com a responsável pela pasta da Justiça a dizer, depois da reunião com os partidos, que iria fazê-lo. Na passada sexta-feira e esta segunda-feira, foram ouvidos todos os partidos com assento parlamentar, que entregaram as respetivas propostas. A criminalização do enriquecimento ilícito é uma das propostas apresentadas pela maioria dos partidos para combater a corrupção, assim como a regulamentação do lobbying.

Luís Montenegro já tinha, aliás, anunciado que queria uma “agenda ambiciosa” no prazo de dois meses. Um dia antes do arranque das reuniões com os primeiros partidos, o primeiro-ministro fez questão de adiantar que estão a “consensualizar linhas de ação no âmbito do combate à corrupção”. “Uma das áreas nas quais pretendemos dialogar com todas as forças partidárias é, precisamente, regulamentar o lóbi”, acrescentou, em declarações aos jornalistas, a partir de Bruxelas, na passada quinta-feira.

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