O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, disse esta quarta-feira em Lisboa que gostaria de “uma maior dimensão económica” nas relações entre o seu país e Portugal.

“Pela amizade com Portugal, mas também pelos nossos laços históricos, laços de língua e pelos nossos interesses comuns, eu gostaria de ver uma maior dimensão económica nas relações Timor Leste – CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e Timor-Leste — Portugal”, disse Ramos-Horta na declaração à imprensa no final de um encontro com o primeiro-ministro português, Luís Montenegro.

José Ramos-Horta salientou que Timor-Leste passou a integrar este ano a Organização Mundial do Comércio (OMC) e previu que, em 2025, se tornará o 11.º membro efetivo da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

“E não tendo nós capacidade industrial produtiva, Timor-Leste poderá ser um grande centro de comércio como o Dubai é, e como Singapura é. E podemos realizar isto com um grande compromisso ou interesse de Portugal e aposto no seu Governo para juntos realizarmos esta ambição”, vincou, dirigindo-se a Luís Montenegro.

Na declaração, sem direito a perguntas, Ramos-Horta salientou que não podia faltar às celebrações do 50.º aniversário do 25 de Abril e prestou homenagem “a todos quantos, ao longo de décadas lutaram, sofreram, morreram para as transformações que ocorreram em 25 de Abril de 1974”.

“O Portugal de então e o Portugal de hoje: enorme diferença. E as ex-colónias portuguesas da África e Timor-Leste contribuíram para essas transformações através das nossas respetivas situações de luta”, salientou.

Ramos-Horta concluiu a declaração desejando a Luís Montenegro e ao seu Governo “todo o sucesso para que Portugal continue um país próspero na Europa e no mundo”.

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