A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) informou esta segunda-feira que o processo de inspeção para verificar a regularidade das baixas passadas aos polícias que faltaram a três jogos de futebol em fevereiro, nomeadamente o Famalicão-Sporting, ainda está em curso e que incide sobre 95 certificados de incapacidade temporária para o trabalho.

Na altura em que comunicou a abertura da inspeção, a 8 de fevereiro, a IGAS disse que esta tinha sido motivada por notícias publicadas em órgãos de comunicação social que davam conta de que “alguns elementos do corpo profissional da Polícia de Segurança Pública (PSP) destacados” para três jogos organizados pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (Liga Portugal), a acontecer nos dias 3 e 4 de fevereiro, “não teriam comparecido nos respetivos locais de trabalho por motivo de doença”.

“Tendo sido levantada a suspeita de os certificados de incapacidade temporária apresentados por esses profissionais terem sido emitidos de forma irregular, informa-se que, por despacho do Inspetor-Geral, de 8 de fevereiro, foi determinada a abertura de um processo de inspeção”, anunciou, na altura, a IGAS.

Quase três meses depois e com o campeonato prestes a terminar, a IGAS respondeu ao Observador, após um pedido de ponto de situação do processo, que este “se encontra em desenvolvimento, pelo que, à data, não existem conclusões sobre o mesmo”.

“Neste momento, a inspeção incide sobre a emissão de 95 certificados de incapacidade temporária para o trabalho”, acrescentou, dizendo ainda que “a apurar-se a violação de deveres funcionais por parte dos profissionais de saúde, a mesma poderá gerar responsabilidade disciplinar, deontológica e criminal“.

O Observador também questionou a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) sobre o ponto de situação dos processos abertos para apurar em que circunstâncias foram adiados os jogos por falta de policiamento, tendo dito que ainda se encontra “a correr em termos”.

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