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O Presidente dos EUA falou pela primeira vez sobre as manifestações contra a guerra em Gaza que estão a acontecer nos campus de várias faculdades norte-americanas. Destacou que os manifestantes têm “direito à liberdade de expressão e o direito de fazerem ouvir as suas vozes”, mas não “o direito a criar o caos”.

“Não somos uma nação autoritária onde esmagamos as opiniões das pessoas”, declarou, recordando que os protestos pacíficos fazem parte da história do país. “Mas também não somos um país sem lei: somos uma sociedade civil e a ordem deve prevalecer”, avisou.

Protestos contra a guerra em Gaza em várias universidades dos EUA. Polícia desmantelou barricadas na UCLA e fez novas detenções

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“Em momentos como este, há sempre quem se apresse para tentar conquistar pontos políticos. Mas isto não é um momento para política, é um momento para clareza. Deixem-me ser claro: os protestos violentos não são protegidos, os protestos pacíficos são. É contra a lei quando há violência, destruir propriedade não é um protesto pacífico”, salientou o Presidente dos EUA.

“Vandalismo, invasão de propriedade, partir janelas, forçar o cancelamento de cerimónias de graduação, nada disto são protestos pacíficos”, continuou. “Intimidar as pessoas não é um protesto pacífico, é contra a lei.” Os protestos que se fazem sentir em várias universidades um pouco por todo o país já levaram à passagem para aulas online, quando faltam algumas semanas para a época de exames.

“Há o direito ao protesto, mas não o direito a criar o caos.” Biden frisou que não deve existir campus nas universidades norte-americanas onde “há espaço para o antissemitismo e ameaças a alunos judeus.” “Não há lugar para o discurso de ódio nem para qualquer tipo de antissemitismo ou islamofobia”, criticando as ameaças que estão a ser feitas a estudantes de origem palestiniana e israelita.

Após o curto discurso, Joe Biden foi questionado sobre se as várias manifestações o levam a repensar a posição dos EUA sobre a guerra em Gaza. “Não”, atirou, já enquanto saía da sala. Também afastou a ideia de a Guarda Nacional intervir nos protestos.

Um pouco por todos os EUA, já foram detidas centenas de pessoas devido aos protestos dos últimos dias. De acordo com o New York Times, ao longo de duas semanas foram feitas mais de 1.300 detenções devido a protestos em campus universitários.