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O deputado único do BE/Açores, António Lima, defendeu nesta sexta-feira que o cancelamento do concurso para a privatização da Azores Airlines era a “única decisão” e defende nova estratégia para salvar a SATA.

De acordo com uma nota de imprensa do Bloco de Esquerda (BE), o também líder do partido na região, que é contra a privatização da Azores Airlines, considerou que a decisão de cancelamento do concurso “apenas peca por ser tardia”.

O deputado bloquista referiu ser uma “tamanha irresponsabilidade que os partidos da coligação, PSD, CDS e PPM, bem como o Chega e Iniciativa Liberal tenham votado contra a proposta que o Bloco levou ao parlamento para a anulação imediata da privatização da SATA Internacional, quando já se percebia o grande fiasco que estava a ser todo esse processo”.

“É lamentável que, apesar de todas as opiniões contrárias, nomeadamente dos sindicatos, do júri do concurso e até mesmo do conselho de administração cessante, o governo Regional tenha, por teimosia, arrastado o processo até aqui”, refere António Lima.

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Para o parlamentar, “não é credível que o governo Regional aponte a valorização da empresa como motivo para o cancelamento da privatização”, uma vez que o grupo SATA “tem apresentado maus resultados, que são fruto do plano de negócios e da política do atual executivo de direita”.

Aquela força política preconiza um “novo plano de negócios para a SATA, que recupere a empresa face aos péssimos resultados que tem apresentado”, que “não inclua a privatização, que já se percebeu não ter nenhuma credibilidade”.

O governo dos Açores anunciou na quinta-feira o cancelamento do concurso de privatização da Azores Airlines e o lançamento de um novo, alegando que a companhia estava avaliada em seis milhões de euros no início do processo e vale agora 20 milhões, mas negou que as reservas sobre o consórcio concorrente tenham pesado na decisão.

No início de abril, o júri do concurso público da privatização da Azores Airlines entregou o relatório final e manteve a decisão de aceitar apenas um concorrente, mas admitiu reservas quanto à capacidade do consórcio Newtour/MS Aviation em assegurar a viabilidade da companhia.