A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, colocou o setor dos resíduos como uma das prioridades do Ministério e anunciou uma campanha para reduzir a produção de resíduos.
“É uma das nossas prioridades, primeiro reduzir o que produzimos de resíduos, depois selecionar, depois reciclar”, disse a ministra à Lusa, acrescentando a importância de se considerar que muitos resíduos são também matérias-primas que podem ser reaproveitadas.
Para já, disse, o Ministério está empenhado em fazer uma campanha “que chegue às pessoas”, porque “é essencial reduzir os resíduos”, sendo depois também essencial que se faça uma recolha seletiva, e se recicle, e que se implemente “uma verdadeira economia circular”, aproveitando mais e deitando menos para o lixo.
A ministra admitiu que é difícil, mas disse que é possível modificar hábitos com campanhas, com legislação e com muita informação.
Maria da Graça Carvalho falava à Lusa depois desta segunda-feira de manhã se ter reunido com nove organizações ambientalistas, das mais relevantes do país, tendo ficado acordado, referiu, que a partir de agora este tipo de reunião será regular.
De acordo com a ministra, alem dos resíduos e da grande preocupação de se estar a aumentar a produção em vez de se diminuir, na reunião falou-se de temas como as ambições do país na luta contra as alterações climáticas, da transição energética e dos grandes projetos nesta matéria, da falta de água, da biodiversidade e da conservação da natureza.
“E falámos do financiamento, do Fundo Ambiental, de algo que estamos a fazer, que o Fundo Ambiental fosse vocacionado para a luta contra as alterações climáticas e qualidade do ambiente, mas que fosse feito com regras, conhecidas, transparentes, e avaliações mais rápidas e objetivas. Já estamos a fazer isto”, disse.
No mês passado o Ministério já tinha dito à Lusa que está a ser criado um novo regulamento para o Fundo Ambiental, para lhe dar mais competência e transparência.