Portugal está “sempre em avaliação” sobre o reconhecimento do Estado palestiniano, disse esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, que salientou o “enorme significado político” do voto favorável à admissão da Palestina como membro de pleno direito da ONU.
“Quanto ao reconhecimento formal, quanto a esse ato solene formal, nós estamos sempre em avaliação. E, portanto, não dissemos que vamos fazer, mas também não dissemos que não o faremos”, declarou o chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, durante uma audição na comissão de Assuntos Europeus a propósito do Conselho Europeu de 21 e 22 de março de 2024 e o Conselho Europeu extraordinário de 17 e 18 de abril.
O ministro, questionado pelo deputado do Livre, Rui Tavares, destacou por outro lado que o voto favorável à admissão da Palestina como membro de pleno direito da assembleia –geral das Nações Unidas “é um passo de enorme significado político internacional”.
“E Portugal está aí”, salientou, revelando que sugeriu – e “pelo menos dois” países aceitaram – dar este passo, durante uma reunião do Conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia, quando se discutia a iniciativa de Espanha, Irlanda, Malta e Eslovénia para que um conjunto de Estados reconheça o Estado da Palestina.
Borrell estima que vários Estados-membros reconheçam a Palestina em Maio
Rangel defendeu ser necessário “dar um sinal claro ao Governo de Israel, de que está a atuar mal – para não dizer muito mal – e em violação do Direito Internacional” e “para apoiar os palestinianos”.