A Mini, construtor do Grupo BMW, está a realizar um recall a nível global, chamando às oficinas cerca de 2000 unidades que considera estarem em risco de incêndio. Os modelos em causa são todos Cooper SE, produzidos entre Junho de 2020 e Novembro de 2022, tendo sido comercializados nos EUA e Europa, Portugal incluído.

O problema está localizado na bateria de alta voltagem que alimenta o motor do veículo. Em alguns casos, este componente pode enfermar de um isolamento deficiente e corre o risco de permitir a entrada de água para o interior do pack. Consequentemente, a infiltração de água na bateria pode causar um curto-circuito e thermal runaway, com o superaquecimento descontrolado a espoletar incêndios difíceis de controlar.

Como é habitual, o recall tornou-se público nos EUA, onde os construtores de automóveis estão obrigados a informar de imediato os seus clientes sempre que sejam detectadas falhas que podem comprometer a segurança. Se não o fizerem, incorrem no risco de lhes verem ser aplicadas multas pesadíssimas. Este “serviço” de controlo e fiscalização está a cargo da Administração Nacional de Segurança Rodoviária norte-americana (NHTSA na sigla em inglês), ao contrário do que acontece na Europa e noutros continentes, onde não há organismos com competências equivalentes.

O Observador contactou a BMW Portugal, importador da BMW e Mini para o nosso país, que confirmou o risco de incêndio, bem como o número de unidades envolvidas globalmente. O porta-voz avançou ainda que, devido à dimensão do mercado português, apenas 12 unidades do Cooper SE em risco de incêndio foram comercializadas entre nós, garantindo que os donos das unidades problemáticas serão informados em breve sobre quando visitar a oficina para proceder à reparação.

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