Pedro Santana Lopes, que foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre 2011 e 2017, foi convidado pelo Governo para substituir Ana Jorge à frente da instituição, escreve o Nascer do Sol esta sexta-feira. O convite terá sido feito ainda antes da exoneração da atual provedora, mas não terá convencido o presidente da Câmara da Figueira da Foz, que não quis abandonar o mandato antes deste terminar. Na SIC Notícias, depois da notícia do Sol, Santana Lopes recusou ter sido convidado e garantiu que não sai da autarquia.

O jornal Nascer do Sol escreveu na sexta-feira que Santana Lopes respondeu ao Governo que apenas estaria disponível após o final do mandato, em outubro de 2025. O político tinha abandonado funções da Santa Casa, em 2017, para ser candidato à liderança do PSD, frente a Rui Rio.

A mesa da Santa Casa foi exonerada no início da semana passada com o Governo a alegar “atuações gravemente negligentes”— acusações que a mesa, e a provedora em particular, refutam. Além de Pedro Santana Lopes, foi avançado o nome de Pedro Mota Soares, ex-ministro da Segurança Social do governo PSD/CDS, que segundo a Sábado foi convidado.

O Governo ainda não anunciou o sucessor de Ana Jorge e da restante mesa. Na terça-feira, em entrevista à RTP, Rosário Palma Ramalho, ministra da Segurança Social, adiantou que o Governo procura um perfil “financeiro” e que a cor política não é critério de escolha.

Rosário Palma Ramalho assegurou que tem “fundamentação sólida” para exonerar a mesa e justificou a decisão de manter a equipa em gestão até nova mesa ser nomeada porque “é uma obrigação de qualquer pessoa que exerce funções públicas” e porque “não quis correr o risco de que não fossem pagos salários, não fossem dadas ordens de compra de refeições para as casas, não fossem pagos enfermeiros e serviços elementares”.

Artigo atualizado com a reação de Pedro Santana Lopes, no programa Expresso da Meia Noite, da SIC Notícias

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