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Dois guardas prisionais morreram, esta terça-feira, durante uma emboscada a uma carrinha que transportava um preso entre Rouen e Evreux, no noroeste de França, segundo uma fonte da polícia. Três guardas ficaram feridos, dois dos quais com gravidade.

“Dois agentes prisionais foram mortos a tiro de espingarda” durante um ataque a uma carrinha que transportava um recluso, por volta das 11 horas, no horário local (10 horas em Lisboa), na portagem de Incarville, no departamento de Eure, especificou a fonte à agência de notícias AFP, acrescentando que o preso conseguiu fugir.

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O ministro da Justiça de França, Éric Dupond-Moretti, deu mais detalhes sobre o caso, confirmando que os atacantes “não hesitaram em disparar contra os guardas prisionais usando armas de fogo”.”Tudo — e digo mesmo tudo — está a ser acionado para encontrar os perpetradores deste crime vil.”

Éric Dupond-Moretti revelou igualmente alguns pormenores sobre a identidade dos dois guarda prisionais que acabaram por morrer: “Um deles deixa a mulher e dois filhos que fariam 21 anos em dois dias. O outro deixa uma mulher grávida de cinco meses, pais e amigos”.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, assegurou igualmente nas redes sociais que está “tudo está a ser feito” para encontrar os criminosos, incluindo o recluso, para que a “justiça possa ser feita”. “É um choque para todos nós. A nação está ao lado das famílias, dos feridos”, escreveu ainda o Chefe de Estado.

De acordo com outra fonte da polícia, o ataque foi realizado por vários indivíduos que utilizaram duas viaturas para levarem a cabo a emboscada. Um destes veículos foi encontrado carbonizado pouco depois dos acontecimentos num local não especificado pelas autoridades.

Segundo o que apurou o Le Figaro, o recluso em fuga chama-se Mohammed A — conhecido como “La Mouche” — e nasceu em 1994. Terá sido detido, escreve o mesmo jornal, por “tráfico de droga” e “tentativa de homicídio” e não estará radicalizado.

Estas informações não foram confirmadas pelo Ministério da Justiça. Apenas se sabe, de acordo como o Ministério Público francês citado pelo Le Parisien, que o recluso estava a ser “monitorizado”, tendo sido condenado a 10 de maio por um tribunal de Evreux por roubo.