A ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, anunciou que o Governo vai reforçar “o policiamento junto das escolas” e o “policiamento de proximidade”. A decisão surge após ser divulgado que uma criança nepalesa de nove anos sofreu, há cerca de dois meses, agressões físicas da parte de cinco colegas, também suspeitos de proferir “frases racistas e xenófobas”.

Há cerca de dois meses, um aluno de nacionalidade nepalesa foi “vítima de linchamento” numa escola da capital. A denúncia foi feita pela diretora executiva do Centro Padre Alves Correia (CEPAC), uma instituição que acompanha esta família. Ana Mansoa não quis divulgar o nome do agrupamento. O caso foi divulgado esta terça-feira pela Rádio Renascença.

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Confrontada com este caso, a ministra da Administração Interna adiantou: “Em conjunto com as autoridades policiais, vamos reforçar quer o policiamento junto das escolas quer o policiamento de proximidade, no sentido de recolocar o dispositivo de forma a prevenir, que é uma primeira fase.”

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Segundo a responsável pela Administração Interna, o seu Ministério, em cooperação com o Ministério da Educação e da Saúde, tem “intenção de fazer programas mais céleres, mais eficazes, para obviar estas situações. Todos os crimes, e sobretudo os crimes de ódio, são de uma gravidade imensa”.

De acordo com Ana Mansoa, o aluno de nove anos terá sido agredido por cinco outros alunos há cerca de dois meses e um sexto terá filmado a agressão, que foi depois divulgada em grupos do WhatsApp. A escola não apresentou queixa, optando apenas por suspender um dos agressores por três dias. Também a família não apresentou queixa, tendo a mãe do aluno agredido feito os curativos das feridas e hematomas em casa, por terem medo de se dirigir ao hospital, partilha a diretora executiva do CEPAC.