Era a última conferência de antevisão de um encontro do Campeonato de 2023/24, era também mais uma oportunidade para Rúben Amorim abordar aquela que foi a época de todos os recordes na principal prova do calendário nacional à luz também de uma série de entrevistas que os jogadores do Sporting foram dando ao longo da semana em espaços de entretenimento de rádios ou canais e jornais desportivos. A questão sobre o futuro era quase inevitável como tem acontecido nas últimas semanas mas havia vários outros temas para abordar na antecâmara da despedida de Alvalade na presente época com várias surpresas preparadas.

“Não costumo beber, foram duas cervejas, a euforia, o momento… Mas sim, queremos ser bicampeões”, reforça Amorim

Dos novos equipamentos para 2024/25 que serão estreados na receção ao Desp. Chaves à festa que o clube foi organizando durante a semana tendo como ponto alto a entrega da taça de campeão, passando por mais algumas alterações já visíveis no estádio como a retirada dos ecrãs gigantes nos dois topos (e que são apenas mais capítulos de mudanças de fundo que se avizinham em Alvalade e que vão culminar com a eliminação do fosso com respetivo acrescento de lugares no recinto), este sábado será tudo menos uma jornada mais da Primeira Liga. No entanto, o foco do técnico leonino passava sobretudo pela conquista de mais três pontos entre algumas mexidas na equipa também a pensar na final da Taça de Portugal frente ao FC Porto. E foi sobre a parte desportiva que Amorim tentou sobretudo concentrar-se na antecâmara de mais um momento alto de celebrações, que terminará na próxima segunda-feira com a receção na Câmara de Lisboa.

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Logo à cabeça, com uma confirmação que provocou sentimentos particulares ao técnico “embrulhada” nesse objetivo de somar a 17.ª vitória em casa noutros tantos jogos. “Isso é muito importante porque poucas equipas conseguiram vencer jogos todos em casa e também para recompensar apoio dos adeptos. A melhor preparação para o jogo seguinte é ganhar e jogar bem, vamos tentar isso. Vamos aproveitar para nos despedirmos de jogadores importantes nesta caminhada, o Neto irá fazer o seu último jogo em Alvalade, o Adán também. É talvez a parte mais difícil de ser treinador, uma das razões que queremos ir para outro sítio e não ter de tomar estas decisões. Eu tomei… Temos noção porque estamos aqui, porque fomos campeões no primeiro ano e sem o Antonio [Adán] não teria acontecido, por causa do Antonio é que estou aqui sentado a fazer parte de um momento muito bom do clube”, destacou Rúben Amorim.

Experiência sem Neto e Adán? Vão sair dois capitães de equipa mas ficam o Pote, o Paulinho, que é o pai deles todos, o Hjulman também é um líder… Teremos pessoas e jogadores para se chegarem à frente. Temos um clube mais saudável”, acrescentou a esse propósito.

“Análise da temporada? Deixaremos para o fim do jogo esse balanço. Não terminámos muito mal a época passada mas o segredo desta época foi o fim da outra. Tivemos uma sequência de muitas vitórias seguidas e toda a gente estava já a pensar na seguinte. Tivemos de vender jogadores já com o começo do Campeonato, isso tirou-nos algum foco, mas este ano foi tudo diferente, não precisamos de pensar e deixar os planos para mais tarde. Depois, a qualidade dos jogadores, o scouting acertou nas opções que nos deu para substituir jogadores importantes. Depois as coisas que não controlamos, o empate aos 90+6′ com o Vizela é um exemplo. Não deitamos tudo fora apesar da má época mas fomos construindo. Agora é continuar o trabalho. Estreias? Talvez o Chico [Francisco Silva], para a baliza”, apontou o técnico verde e branco.

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A conferência foi diferente de muitas outras e teve até um ponto completamente fora do comum, quando pela primeira vez esta temporada anunciou o onze que vai iniciar o encontro frente aos transmontanos. “Posso dizer o onze: Diogo Pinto, Esgaio, Neto, Coates, Inácio, Nuno Santos, Morita, Hjulmand, Trincão, Gyökeres e o Pote. Quero que tenham um momento à altura do que fizeram no clube. Olhando para a época no fim, se não ganharmos a Taça de Portugal vai ser menos especial. Se juntarmos a Taça de Portugal ao Campeonato, a equipa vai ser lembrada de outra forma”, voltou a reforçar Amorim, apontando ao último jogo da temporada.

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Já sobre as entrevistas de vários jogadores, o técnico comentou também a ideia de ser… “chatinho”. “Sobre o futuro, tenho contrato com o Sporting, eles sabem que gosto de estar cá, tenho ideias para o próximo ano. Chatinho? Sabemos que não podemos impedir esta fase de festa, o departamento de comunicação quis dar a toda a gente um bocadinho dos jogadores para os aproximar dos adeptos. O que fizemos foi olhar para duas semanas, fizemos os jantares que tínhamos a fazer, as entrevistas, mas a partir deste jogo vamos entrar em modo final da Taça. Queremos aproximar os adeptos da equipa, queremos retribuir, mas a partir de sábado vamos entrar em modo Taça de Portugal. É o preço do sucesso, tivemos duas semanas para limpar essas distrações. Sou chatinho porque tenho de ser, tenho muito orgulho em ser chatinho”, referiu.

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Por fim, Rúben Amorim falou também do vídeo que se tornou público com Frederico Varandas a pedir aos jogadores para “rebentarem” com o FC Porto na final da Taça de Portugal. “Não vou falar pelo mister Sérgio Conceição, eu utilizaria ao máximo para motivar os meus jogadores. Aquilo é uma conversa de balneário num jantar privado, uma filha de um órgão social gravou sem maldade. Todos somos uma família, juntamos toda a gente, o presidente teve um discurso de balneário, todos os presidentes, treinadores e jogadores usam isso no balneário. Garantia de que não será o meu último encontro em Alvalade? Não posso garantir que amanhã estou vivo sequer… A ideia é continuar no Sporting, seguir em frente, estamos a preparar a próxima época há muito tempo. A ideia é ficar no Sporting”, concluiu o técnico leonino.