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"Com mais ou menos rebentamento, queremos a Taça": a "farpa" do FC Porto para Varandas antes da final da Taça de Portugal

Este artigo tem mais de 6 meses

FC Porto confirmou 3.º lugar onde não ficava desde 2015/16, fez pior pontuação desde 2004/05 e acabou a 18 pontos do topo como não acontecia desde 1972/73. Agora, atenções centram~se na final da Taça.

Sérgio Conceição cumpriu castigo em Braga e acompanhou encontro da bancada, com Vítor Bruno a ocupar a posição de técnico principal no banco
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Sérgio Conceição cumpriu castigo em Braga e acompanhou encontro da bancada, com Vítor Bruno a ocupar a posição de técnico principal no banco

HUGO DELGADO

Sérgio Conceição cumpriu castigo em Braga e acompanhou encontro da bancada, com Vítor Bruno a ocupar a posição de técnico principal no banco

HUGO DELGADO

Foi uma coincidência, tornou-se um facto histórico, acabou por ter o seu peso na última decisão que existia no Campeonato. O FC Porto voltou a ver o adversário reduzido a dez jogadores como aconteceu nas últimas três jornadas, desta vez com Victor Gómez a receber ordem de expulsão por acumulação de amarelos logo aos 12′ naquele que foi o vermelho mais rápido de sempre de um jogador do Sp. Braga superando o registo de Baiano em 2013/14 (15′), e chegou mesmo à vitória na Pedreira com um golo de Galeno após assistência de Taremi, que permitiu que o brasileiro superasse o recorde de golos numa só temporada (16, contra 15 na derradeira temporada) e que o iraniano tivesse o terceiro encontro consecutivo a marcar ou assistir.

Galeno, a balança do processo de revolução em curso (a crónica do Sp. Braga-FC Porto)

Se a última imagem fosse aquela que perdurasse, o FC Porto teria acalmado por completo a sua massa de adeptos tendo em conta que fechou o Campeonato na antecâmara da final da Taça de Portugal, no próximo domingo frente ao Sporting no Jamor, com três vitórias consecutivas e seis encontros seguidos sem qualquer derrota, naquele que foi o melhor momento da temporada. O problema, esse, esteve no período anterior.

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Contas feitas, apesar desse sucesso no Minho que carimbou o terceiro lugar e consequente passagem direta à fase de grupos da Liga Europa, o FC Porto não terminava no último lugar do pódio desde 2015/16 (ou seja, antes da chegada de Sérgio Conceição ao comando) e não ficava a 18 pontos da liderança, neste caso do Sporting, desde a longínqua temporada de 1972/73. Mais: mesmo terminando como a defesa menos batida do Campeonato (27 golos sofridos), desde 2005/06 que a equipa azul e branca não terminava a competição apenas com 63 golos marcados e desde 2004/05 que não fazia apenas 72 pontos na prova. E isso não foi esquecido pela equipa técnica do FC Porto, entre uma “farpa” para o adversário na final da Taça.

“Podíamos jogar com dois resultados mas isso nunca entrou na equação durante a semana. Sabíamos que era um jogo difícil, os últimos quatro ou cinco anos têm dito isso. Entrámos bem. Era importante do ponto de vista defensivo castrar a capacidade dos médios do Sp. Braga alimentarem os jogadores da frente, estrangulando os espaços para que os homens da frente não conseguissem emergir. Penso que fizemos isso bem. Deu-me a entender que havia algum receio de ambas as partes correrem demasiados riscos. Foi um jogo muito calculista na primeira parte, muito dividido, embora connosco a ter a iniciativa. Enquanto estivemos 11 contra 11 até me pareceu melhor, depois começámos a tentar gerir melhor o jogo, a torná-lo demasiado lento. Trabalhámos uma ou outra coisa no intervalo e melhorámos. Não conseguimos fazer o mais difícil na fase inicial da segunda parte, que era colocar a bola dentro da baliza”, começou por dizer Vítor Bruno, técnico adjunto que esteve no banco por castigo de Sérgio Conceição, em declarações à SportTV.

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“A equipa nunca se desarrumou do ponto de vista mental, foi sempre muito equilibrada e nunca perdendo a cabeça. Aí possivelmente achámos que podíamos jogar com o resultado. O Mehdi [Taremi] garante sempre mais qualidade no último terço com a capacidade de definir. No final, parece-me que a vitória é justa e assenta perfeitamente bem à equipa. Era importante assegurar o bilhete que desse acesso direto à Liga Europa. Fizemo-lo bem e agora é tentar alimentar desta energia. Com muita energia, coração, ambição e astúcia para depois, mais rebentamento ou menos rebentamento, conseguirmos resgatar a Taça para o nosso Museu”, acrescentou, a propósito das palavras de Frederico Varandas num jantar com a equipa.

“Não é tempo de balanços. Vamos fazê-lo daqui a uma semana, se quiser teremos tempo para isso. Obviamente que falhámos nalgumas situações e falhámos todos. Todos. Num clube não se pode olhar só para os jogadores, para a imaturidade ou para uma equipa muito jovem. Tem que se olhar para tudo. Acho que não é o momento para fazer isso”, apontou depois Sérgio Conceição na conferência de imprensa.

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