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O bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE) salientou a experiência em emergência médica de António Gandra d’Almeida, nomeado esta quarta-feira diretor executivo do SNS, enquanto o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) espera que seja um parceiro na procura de soluções.

“Parece-me que poderá ter o perfil adequado, tendo em conta que é um operacional do terreno habituado à organização”, afirmou à agência Lusa Luís Filipe Barreira.

De acordo com o bastonário da OE, António Gandra d’Almeida tem “experiência em emergência médica e pode contar com a Ordem como parceira”, reiterando o empenho da instituição em “reformar, melhorar e avançar com a resolução dos problemas que já se arrastam há décadas” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

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“Independentemente da pessoa, o importante é que consiga operacionalizar a estratégia para a saúde, operacionalizar as políticas de saúde, que são necessárias para as reformas, no sentido de garantir mais acesso a cuidados de saúde, e, principalmente, em tempo útil para as pessoas”, observou.

O bastonário da OE disse ainda acreditar que o Ministério da Saúde “tem um papel fundamental na definição das políticas de saúde” e que a DE-SNS “possa operacionalizar essas mesmas políticas de saúde”.

O SEP subscreveu também a importância de uma “maior capacidade de decisão” para a operacionalização de medidas em prol de um funcionamento mais ágil do SNS, ao considerar que “foi aquilo que faltou também à anterior DE-SNS” liderada por Fernando Araújo.

“O que esperamos é que seja um parceiro no encontrar de soluções que permitam um melhor funcionamento do SNS, o seu aprofundamento e que se garanta uma melhor acessibilidade das pessoas ao SNS, que é, neste momento o que está a faltar, além da melhoria de equipamentos e da admissão de recursos humanos, que é outro dos grandes problemas”, referiu a dirigente sindical Guadalupe Simões.

A responsável do SEP defendeu ainda que o novo diretor executivo veja o SNS “como um todo”, apelando a um reforço da promoção da saúde e da prevenção da doença, de forma a reduzir a afluência das pessoas aos hospitais, em especial às urgências.

“Esperamos que o novo DE inicie a casa pelas suas fundações: garantir a acessibilidade das pessoas aos cuidados de saúde primários, com a promoção de equipas de saúde familiar, e que depois vá construindo e dando orientações no sentido da melhoria do funcionamento das outras estruturas”, finalizou.

O Ministério da Saúde anunciou esta quarta-feira que escolheu o médico António Gandra d’Almeida, de 44 anos, para substituir Fernando Araújo como diretor executivo do SNS e adiantou que o tenente-coronel tem uma vasta experiência em emergência médica.

Em comunicado, o ministério indica que o novo responsável foi diretor da delegação regional norte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), é comandante do Agrupamento Sanitário, desempenha atividade assistencial hospitalar e pré-hospitalar e que nas Forças Armadas acumulou funções de chefia e de coordenação.

António Gandra d’Almeida tem uma especialização académica e profissional, destacando-se a licenciatura na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e a formação complementar na Academia Militar, uma Pós-Graduação em Saúde Militar, o mestrado em medicina de desastre e a especialidade em Cirurgia Geral, bem como a competência em Gestão de Serviços de Saúde, Emergência e Medicina Militar pela Ordem dos Médicos.

O novo diretor executivo foi responsável pelas Vias Verdes da Região Centro do INEM, desde 2014 até 2019, e esteve à frente da instalação e coordenação da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Barreiro, entre 2016 e 2018, de acordo com a informação divulgada pelo ministério.

Também colaborou em várias comissões do Estado-Maior do Exército, Estado-Maior-General das Forças Armadas e Ministério da Saúde.