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O líder do Chega/Açores afirmou nesta quinta-feira que o partido é “parte da solução” e que está no parlamento para “trabalhar e não para atrapalhar”, defendendo que o “diálogo leva à estabilidade política e governativa”.

Estamos aqui para trabalhar e não para atrapalhar, mas não abdicamos da nossa ideologia nem do nosso papel fiscalizador. Achamos desde sempre que só o diálogo leva à estabilidade política e governativa”, afirmou José Pacheco.

O deputado falava na Assembleia Legislativa, na Horta, durante as intervenções finais do debate do Plano e Orçamento da região para 2024.

“Iniciámos este Plano e Orçamento para 2024 com três palavras. Diálogo, estabilidade e compromisso. Iniciado o diálogo depois do chumbo do último Orçamento, o Chega nunca virou as costas ao mesmo“, acrescentou.

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José Pacheco alertou, contudo, que a “estabilidade não pode ser a qualquer custo” e exigiu “respeito” pelo partido, uma condição “que no passado não aconteceu”.

“Esta nossa terra precisa de ideias para o futuro. Contudo, durante esta semana perdemos demasiado tempo com arqueologia e a tirar esqueletos do armário. Para governar bem é preciso fazer melhor“, defendeu.

Segundo disse, o Chega “vai continuar vigilante relativamente ao despesismo e o caciquismo”.

“A administração pública não pode continuar a engordar e a ser uma agência de emprego”, avisou.

José Pacheco evocou o incêndio no hospital de Ponta Delgada, pedindo para que se “apurem eventuais responsabilidades e se tomem medidas preventivas”.

“Não podemos impedir os sismos e outras catástrofes, mas temos de ser proativos na manutenção dos nossos edifícios públicos”, advogou.

O deputado do Chega defendeu a recuperação “rápida” do hospital e defendeu que os centros de saúde e os outros hospitais da região “não podem ficar esquecidos”.

O parlamentar apelou ainda aos partidos para “deixarem de fora as camisas partidárias” durante a discussão sobre o hospital de Ponta Delgada.

“Os açorianos não iriam compreender que neste momento tão difícil estivéssemos aqui a discutir a pequena política”, assinalou.

O também líder do Chega nos Açores elogiou a inclusão na proposta de Orçamento da iniciativa do partido para aumentar o complemento regional de pensão, mas insistiu na necessidade de aumentar a fiscalização na atribuição do Rendimento Social de Inserção.

José Pacheco pediu ainda medidas perante as dificuldades no rendimento dos agricultores e pescadores.

Somos e sempre seremos parte da solução. Jamais fonte de problemas. O nosso compromisso não é com o governo, mas sim com os açorianos”, declarou.

A proposta de Orçamento, que define as linhas estratégicas do executivo de coligação para este ano, contempla um valor de 2.045,5 milhões de euros, semelhante ao apresentado em outubro de 2023 (2.036,7 milhões).