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Várias centenas de pessoas manifestaram-se esta segunda-feira em Paris, contra os bombardeamentos em Rafah que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, fizeram pelo menos 45 mortos no domingo à noite.

Israel admite que atingiu civis em Rafah em ataque denunciado como “deliberado” pelo Hamas

Uma multidão compacta reuniu-se ao final da tarde desta segunda-feira, a algumas centenas de metros da embaixada israelita, gritando “Somos todos filhos de Gaza“, “Viva a luta do povo palestiniano”, “Gaza livre” e “Gaza, Paris está convosco”, relata a agência de notícias Agence France-Presse (AFP).

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Muitos manifestantes chegaram com bandeiras palestinianas, outros usavam os lenços keffiyehs ou empunhavam cartazes com mensagens como: “Não matem uma criança, seja ela judia ou palestiniana: Parem os bombardeamentos, libertem a Palestina”, “Rafah, Gaza, estamos convosco”.

“Ontem [domingo], palestinianos foram queimados vivos pelos bombardeamentos israelitas num campo de refugiados. Vimos vídeos de famílias a retirarem os seus entes queridos das tendas em chamas. É um massacre a mais“, denunciou François Rippe, vice-presidente da Association France Palestine solidarité (AFPS), um dos organizadores da manifestação, entrevistado pela AFP.

Até ao final da tarde, a polícia não conseguiu fazer um balanço do número de pessoas presentes no protesto que, segundo François Ripe, passou os “vários milhares”.

Pegam fogo a um campo de refugiados, queimam pessoas e nós não convocamos a embaixadora de Israel para a chamar à responsabilidade. É simplesmente insuportável”, lamentou Rippe.

A ONU e muitos outros países condenaram o ataque israelita a um campo de deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e os Estados Unidos apelaram uma vez mais a Israel para que “proteja os civis”.

Por seu lado, o exército israelita afirmou estar a investigar o que o primeiro-ministro descreveu como um “acidente trágico”.