Seul, Tóquio e Pequim concordaram esta segunda-feira que a desnuclearização da Coreia do Norte e a manutenção da estabilidade na península coreana são do seu “interesse comum”, afirmou o primeiro-ministro japonês, durante uma cimeira trilateral em Seul.

Mais uma vez, foi confirmado que a desnuclearização da Coreia do Norte e a estabilidade na península coreana são do interesse comum dos três países”, afirmou Fumio Kishida.

O presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, acrescentou que a questão é “uma responsabilidade e um interesse partilhado” pelos três países.

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As declarações foram feitas após a nona Cimeira Trilateral entre China, Japão e Coreia do Sul. O primeiro encontro trilateral em mais de quatro anos é visto como um sinal positivo para aliviar as tensões no nordeste asiático.

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Antes da reunião, Pyongyang informou a guarda costeira japonesa de que vai lançar o seu segundo satélite espião a partir do próximo domingo, o que viola as sanções da ONU.

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De acordo com Seul, a Coreia do Norte está a receber ajuda de Moscovo na indústria espacial, em troca do fornecimento de armas às tropas russas na Ucrânia. Em novembro, Pyongyang colocou pela primeira vez em órbita um satélite espião.

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Yoon e Kishida instaram Pyongyang a cancelar o lançamento, que, segundo Yoon, prejudicaria “a paz e a estabilidade regionais e mundiais” e exigiria uma reação “decisiva” da comunidade internacional.

“Reiteramos as nossas posições sobre a paz e a estabilidade na região e a desnuclearização da península coreana”, escreveram os líderes numa declaração conjunta, afirmando que pretendem “prosseguir os esforços positivos para uma resolução política” da questão.

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, apelou “às partes envolvidas para que usem de contenção e evitem complicar ainda mais a situação”, segundo a agência noticiosa oficial China News Agency.

A China é o maior parceiro comercial da Coreia do Norte e um importante aliado diplomático. No passado, recusou-se a condenar os testes de armas de Pyongyang e criticou as manobras conjuntas de Washington e Seul.