Era a primeira final da Taça de Portugal, era também um dia especial para Fábio Veríssimo. No entanto, não se pode dizer que o árbitro da Associação de Futebol de Leiria tenha levado como recordação dessa estreia no Jamor um encontro “simples”. Longe disso, mesmo. E o estados de nervos dos dois bancos ao longo de toda a partida mostrou como o duelo entre FC Porto e Sporting não foi propriamente fácil de dirigir.
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O primeiro caso surgiu nos minutos iniciais, com Galeno a lançar Evanilson na profundidade nas costas da defesa do Sporting, Diogo Pinto a hesitar na saída da baliza mas a conseguir ainda fazer a “mancha” que evitou o golo do FC Porto mas deixou o internacional brasileiro lesionado no chão. Mais tarde, o grande foco esteve num lance entre St. Juste e Galeno, com o neerlandês a carregar o ala pelas costas quando seguia para a baliza em mais uma jogada em que o jovem guarda-redes poderia ter saído da área de forma mais célere, com Veríssimo a reverter a grande penalidade que tinha assinalado numa primeira instância por indicações do VAR, que assinalou que a falta tinha sido cometida ainda fora da área mas para vermelho.
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No segundo tempo, que fechou com um lance entre Pedro Gonçalves e Francisco Conceição na área dos leões em período de descontos, o banco do Sporting saltou como uma mola por duas faltas cometidas por Alan Varela já depois de ter visto o primeiro cartão amarelo que poderiam ter valido depois expulsão. Uns minutos depois, para evitar qualquer risco, Sérgio Conceição tirou o argentino e lançou Marko Grujic. E ainda no tempo regulamentar, um livre de Wendell bateu no braço de Hjulmand que estava na barreira, numa jogada que passou quase despercebida em campo mas que mereceu protestos dos jogadores portistas.
Seria depois no prolongamento, que “começou” com uma grande penalidade de Diogo Pinto sobre Evanilson, que o Sporting teria mais protestos junto de Fábio Veríssimo, primeiro num corte de Otávio entre a barriga e o braço após um livre no corredor central (111′) e depois numa jogada entre Diomande e Grujic em que o central marfinense se antecipou, pressionou mas acabou por surguir no relvado (115′). Em ambos os lances, o árbitro decidiu jogar, o VAR não detetou qualquer infração e o 2-1 manteve-se até ao final.