Isabel Carlos vai ser a diretora artística do futuro Pavilhão Julião Sarmento, o espaço cultural municipal localizado na Avenida da Índia, em Lisboa, que vai albergar a coleção do artista Julião Sarmento, e que deverá abrir ao público no final do ano. A informação foi partilhada num comunicado enviado às redações esta quarta-feira.

De um total de 47 candidaturas recebidas no concurso para dirigir o novo museu, a crítica de arte, curadora e ex-diretora do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian foi a escolhida pela EGEAC, a empresa municipal de Cultura da Câmara de Lisboa (CML).

Foi “a visão estratégica, bem como o perfil e experiência profissional da crítica de arte e curadora” que pesaram na decisão do júri, composto por Pedro Moreira (presidente do Conselho de Administração da EGEAC), Delfim Sardo (administrador do CCB) e Sara Antónia Matos (diretora das Galerias Municipais e do Atelier-Museu Júlio Pomar).

O Pavilhão Julião Sarmento resulta de um acordo de parceria assinado entre a EGEAC e a Associação Julião Sarmento, com um orçamento anual que deve chegar a um milhão de euros. O acordo prevê a entrega em depósito à EGEAC, durante cinco anos, da coleção que tem 1261 de obras de arte. O espaço é propriedade da CML e tem obras de renovação previstas no valor de 4,3 milhões de euros.

Natural de Coimbra, Isabel Carlos é licenciada em Filosofia e mestre em Comunicação Social. Crítica de arte e curadora, assumiu vários cargos de destaque ao longo dos anos. Foi co-fundadora e subdirectora do Instituto de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura, cargo que ocupou entre 1996 e 2001. Foi membro do júri da Bienal de Veneza em 2003, diretora artística da Bienal de Sydney no ano seguinte e curadora do Pavilhão de Portugal na Bienal de Veneza de 2005. Entre 2009 e 2015 foi diretora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

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