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O ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Rangel, admitiu hoje o uso em solo russo de armamento doado pelo ocidente à Ucrânia, desde que respeitando o direito internacional, posição que disse ser seguida “pela generalidade” dos Aliados da NATO.
“A generalidade dos países [Aliados da NATO] que têm contribuído com armamento e, designadamente, com um certo tipo de armamento para o esforço de guerra ucraniano, considera que devemos respeitar o direito internacional e respeitar o direito internacional é permitir à Ucrânia que, no uso da sua legítima defesa, possa atacar posições russas, que são posições agressivas” em solo russo, declarou Paulo Rangel.
Falando aos jornalistas portugueses em Praga, no final de uma reunião de dois dias dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), o chefe da diplomacia portuguesa acrescentou: “Sabemos que isso acontece designadamente em Kharkiv, onde há artilharia russa de alcance médio situada para lá da fronteira e que tem de ser contrariada e atacada, e houve aqui um consenso muito generalizado naqueles países que cedem este armamento porque têm de dar esta autorização bilateral”.
“Sempre que está respeitado o direito internacional, estamos confortáveis e julgo que toda a gente que zela pelo direito internacional fica confortável com essa posição”, adiantou Paulo Rangel, vincando que essa utilização só deve acontecer em legítima defesa.