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Os homens ucranianos com idade de combater que vivem no estrangeiro deixaram de poder sair da Ucrânia se visitarem o país desde 1 de junho, uma medida destinada a repor as fileiras do exército.

A medida aplica-se a ucranianos que “tenham saído da Ucrânia há mais de três meses“, disse esta quarta-feira o porta-voz dos guardas fronteiriços ucranianos, Andriy Demtchenko, à agência francesa AFP.

Os que estão nessa situação “deixam de estar incluídos na categoria de pessoas excluídas do registo de recrutas (…) e são obrigados a registar-se no exército no prazo de 30 dias“, referiu o porta-voz.

A alteração da lei destina-se a impedir que os ucranianos titulares de autorizações de residência no estrangeiro saiam da Ucrânia, quando podiam viajar livremente antes da entrada em vigor da lei.

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“Esta disposição aplica-se aos cidadãos ucranianos do sexo masculino com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos“, precisou o porta-voz dos guardas fronteiriços.

A nova lei deverá permitir que o exército reponha as fileiras, numa altura em que tem falta de combatentes, o que afeta o moral das tropas exaustas após mais de dois anos de guerra, como admitiu em maio o Presidente ucraniano.

Zelensky confessa que Ucrânia não está pronta para a próxima ofensiva russa: “Precisamos de ajuda agora”

A embaixada dos Estados Unidos em Kiev desaconselhou na terça-feira a deslocação à Ucrânia dos seus cidadãos com dupla nacionalidade, do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos.

A representação diplomática lembrou que a Ucrânia não reconhece a dupla nacionalidade.

“Existe um risco extremamente elevado de não ser autorizado a sair do país”, alertou a embaixada em comunicado.

A Ucrânia tem estado a enfrentar uma nova ofensiva russa, depois de a contraofensiva que lançou no verão passado ter tido pouco êxito.

Os voluntários que desejam juntar-se ao exército ucraniano são raros, tendo os mais motivados aderido a unidades militares sobretudo no início da invasão russa, em fevereiro de 2022.