Roberto Martínez entrou na Seleção Nacional de forma perfeita, com 10 vitórias em 10 jogos e uma qualificação perfeita que deixou Portugal apurado para o Euro 2024. De lá para cá, porém, tudo se complicou: Portugal tem agora duas derrotas nos últimos três jogos, contra a Eslovénia e a Croácia, e sofreu dois golos nos últimos quatro encontros.
Esta foi a primeira derrota de sempre contra a Croácia, ao fim de oito jogos em que Portugal tinha vencido seis, e surge depois da vitória em Alvalade contra a Finlândia e antes da receção à Irlanda em Aveiro, naquele que será o último testes antes do início do Campeonato da Europa. A Seleção não perdia em casa desde setembro de 2022, quando caiu contra Espanha na Liga das Nações, e não perdia no Jamor desde 1987, sendo que também não jogava no Estádio Nacional há mais de uma década.
Roberto Martínez mudou praticamente meia equipa face ao onze inicial apresentado contra a Finlândia, apesar de ainda não ter contado com Cristiano Ronaldo, Pepe e Rúben Neves, e Portugal cumpriu uma das piores exibições desde que o espanhol é selecionador nacional. A equipa falhou nas transições defensivas, oferecendo muito espaço à Croácia e demonstrando muitas dificuldades na hora de organizar o ataque, e nunca conseguiu ser eficaz na reação à perda de bola.
18.ª derrota de ???????? Portugal a jogar no Estádio do Jamor, em 50 jogos - a última tinha sido em 1987, frente à ???????? Itália pic.twitter.com/eLILXWt7ja
— Playmaker (@playmaker_PT) June 8, 2024
“Acho que foi um jogo de muitas incidências táticas. Como equipa, precisámos de 20 minutos para entrar no ritmo do jogo. A Croácia tem muita qualidade técnica e a nossa atitude e empenho ajudaram-nos a reagir nos últimos 60 minutos, com muitas notas positivas. Tivemos 10 cantos, marcámos um golo muito bem trabalhado, mas o resultado foi negativo. Precisamos de analisar, mas há muitas notas positivas. Voltámos a ter 16 jogadores de campo, o Diogo Costa fez um jogo muito bom. Para a nossa preparação, foi muito positivo apesar do resultado negativo. Claro que não queremos perder jogos”, começou por dizer Roberto Martínez na conferência de imprensa.
Mais à frente, o selecionador nacional lembrou que o segundo golo apareceu no melhor momento de Portugal no jogo. “O golo chega num momento difícil, mas reagimos bem, criámos duas ou três boas oportunidades. É certo que quando estávamos confiantes e a controlar o jogo perdemos alguma intensidade depois do segundo golo. Precisamos de manter a intensidade defensiva, mas foi um jogo muito positivo na nossa preparação. Tivemos linhas defensivas diferentes, com muitos jogadores. Todos os jogos são diferentes. Precisamos de melhorar isso porque é muito difícil ganhar jogos a sofrer dois golos. No geral, não é uma fraqueza específica, é uma falta de sincronização, de ligação, e agora estamos no momento certo para corrigir isso”, acrescentou.
????????Portugal sofreu 2 golos em cada um dos 4 últimos jogos que realizou:
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???????? 5-2
???????? 0-2
???????? 4-2
???????? 1-2 pic.twitter.com/f7gbdJLPFu
“Tivemos 10 vitórias na fase de apuramento e agora precisamos de fazer tudo para preparar a equipa e estarmos ao melhor nível para o dia 18 [primeiro jogo do Euro 2024, contra a República Checa]. Para isso, é preciso ter todos os jogadores a um bom nível. Foi muito positivo ver o Matheus Nunes no relvado, o Diogo Costa, o Bernardo Silva a jogar 90 minutos. Há objetivos individuais que são mais importantes do que o resultado final”, atirou.
Já Vitinha, que voltou a ser titular e acabou por cometer a grande penalidade que deu o golo inaugural de Luka Modric, sublinhou que jogo não teve o desfecho esperado. “Não foi o jogo que queríamos. Precisávamos de mais controlo, de mais oportunidades. Sinto que forçámos muito quando não tínhamos de forçar, porque não dava, e isso provoca muitas perdas de bola e contra-ataques. A Croácia é muito forte, tal como nós, e agora é ver o que não fizemos tão bem e preparar e corrigir para o próximo jogo, para chegarmos ao Europeu na máxima força”, começou por dizer, reconhecendo que existem aspectos a corrigir.
“Sem dúvida, tanto no aspecto ofensivo como no defensivo, mas não está tudo mal. Há que ver o que fizemos de bom e menos bom e corrigir. Temos capacidade para bem mais e vamos fazer de tudo para corrigir isso. Penso que sofremos o segundo golo no nosso melhor momento e sinto que dita muito do que é o jogo, acabarmos por sofrer no nosso melhor momento. Foi uma machadada forte, mas depois é mais com o coração do que com a cabeça. A Croácia acaba por fazer os golos em momentos cruciais, logo no início, que dá outro ânimo, e na segunda parte quando estamos no melhor momento. É ver o que não fizemos tão bem e preparar os jogos da melhor forma”, explicou o médio do PSG.
Portugal volta a perder em ???? casa, depois de 8 vitórias consecutivas como anfitrião
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⚠ A última derrota caseira da Seleção ???????? tinha sido em setembro de 2022, frente à ????????, na Nations League, em 2022 pic.twitter.com/o53fjHgF7R