Alcântara venceu o concurso das Marchas de Lisboa na edição de 2024. Em segundo lugar ficou a Marcha de Marvila e em terceiro a Marcha de Alfama, anunciou a EGEAC, entidade pública que organiza o evento das festas de Lisboa.

O desfile das marchas aconteceu na quarta-feira à noite, 12 de junho, depois das exibições em pavilhão ocorridas anteriormente. Estavam 20 marchas em competição. O júri foi  presidido por Albano Ginja, integrando Rita Spider (Apreciação da Coreografia), Fernando Alvarez (Apreciação da Cenografia), Ana Paula Rocha (Apreciação do Figurino), Carlos Leitão (Apreciação da Letra), Rui Massena (Apreciação da Música) e Leonor Padinha (representante da EGEAC).

Segundo comunicado da EGEAC a classificação foi:

1.º Marcha de Alcântara
2.º Marcha de Marvila
3.º Marcha de Alfama
4.º Marcha da Bica
5.º Marcha de Carnide
6.º Marcha da Madragoa
7.º Marcha do Alto do Pina
8.º Marcha do Bairro da Boavista
9.º Marcha de São Vicente
10.º Marcha da Penha de França
11.º Marcha do Bairro Alto
12.º Marcha do Castelo
13.º Marcha dos Olivais
14.º Marcha da Graça
15.º Marcha do Lumiar
16.º Marcha da Mouraria
17.º Marcha da Bela Flor-Campolide
18.º Marcha de Santa Engrácia
19.º Marcha da Baixa
20.º Marcha de Belém

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Houve ainda as classificações especiais para Melhor Coreografia: Marcha de Alcântara e Marcha de Marvila; Melhor Cenografia: Marcha de Alcântara e Marcha de Marvila; Melhor Figurino: Marcha de Alcântara, Marcha de Alfama e Marcha de Marvila;  Melhor Letra: Marcha de Alfama e Marcha do Alto do Pina; Melhor Musicalidade: Marcha da Madragoa; Melhor Composição Original: Há festa na Bica, da Marcha da Bica, e Welcome! Bem-vindos à Mouraria!, da Marcha da Mouraria; e
Melhor Desfile na Avenida: Marcha de Alcântara.

A Marcha de Alcântara foi organizada pela Sociedade Filarmónica Alunos Esperança, sendo da responsabilidade de Francisco Ferreira. Os padrinhos desta marcha foram Ana Sofia Cardoso e Pedro Granger.

O Tejo foi o tema central da edição deste ano da Grande Marcha de Lisboa, com letra de Flávio Gil e música de João Paulo Soares, interpretado por todos os grupos participantes (além das músicas próprias).  “O Tejo afinal/ É o rio mais bonito/ É de mil cores Arco-íris infinito/ O Tejo afinal / Pode ser qualquer pessoa/ O rio Tejo/ É o espelho de Lisboa” é a letra de Flávio Gil, que todas as marchas cantam.

No caso de Alcântara, que escolheu como tema: “Por mais que corra a tinta, Tiago Singh Alcântara é o bairro com mais pinta”, a marcha inédita — letra de David Ferreira e Jorge Ramos; e música de João Aborim com arranjo musical de João Aborim — cantava:

Em Alcântara/ Onde o passado é presente/ O orgulho da nossa gente/ Numa tela vou pintar/ Pincelando em cada rua/ Uma marca que é só tua/ E que a todos faz sonhar./ Em Alcântara,/ Suas cores saltam à vista/ Neste bairro, o mais bairrista/ Que marcha com emoção/ Um painel que contagia/ E nos traz tanta magia/ Já foi esboço a carvão./ Começo a traçar a serra,/ De verde, da cor do vale,/ Tua tinta, minha terra/ Não há outra que te iguale.

Qual é? Qual é?/ O bairro que puxa pla garganta/ E que ao povo tanto encanta?/ É Alcântara!/ Quem é? Quem é?/O bairro mais original/ Onde o Tejo não é igual?/ É Alcântara!/ Qual é? Qual é?/ O bairro com mais belos pregões/ E que arrasa os corações?/ É Alcântara!/ Quem é? Quem é?/ O bairro onde somos felizes,/ Onde estão nossas raízes?/ É Alcântara!

Em Lisboa/ O nosso horizonte se tinge/ A chaminé se distingue/ Tanta cor e claridade/ D’ aguarela vou pintar/ Nosso povo a apregoar/ Com tamanha felicidade./ Em Lisboa/ Traço ondas na calçada/ O pincel numa fachada/ Uma pintura feita à mão/ Na parede ou cavalete/ E nem precisas bilhete/ Para esta exposição./ Termino a gizar o Tejo,/ De azul, da cor do mar,/ Tua margem, meu desejo,/ Tem arte urbana a pinchar.